Capítulo seis;

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Já havia perdido a conta de quantas horas tinha ficado na frente do display do celular. Meu próprio reflexo no pequeno vidro espelhado me encarava, como se debochasse de mim pela minha falta de talento. Logo no outro dia, continuo a formar os acordes básicos nos quais Bright me enviou por mensagem, em vídeo, no entanto, minha mente só conseguia pensar na noite anterior e por acaso tive um sonho que o incluía, um daqueles sonhos que não fazem sentido, mas que foi o primeiro que tive em muito tempo.

Estou menos pior no violão do que anteriormente. A julgar pelo fato de que o som que fazia antes era completamente terrível, as notas soltas agora não soavam nada mal aos meus ouvidos, por outro lado, as com pestana ainda eram uma barreira invencível, no momento. Bright disse que apertar as cordas com força não era apenas o suficiente, eu devia deixar meus dedos relaxados e ajustá-los a maneira correta para fazer tais acordes. Não que isso fizesse sentido para mim de alguma maneira.

Pensando nisso, olho para o lado de fora e vejo o sol se pondo e percebo que, mais uma vez, passei o dia inteiro treinando os acordes. Checo o celular, nenhuma mensagem de Bright. O que era novidade, pois ele sempre mandava mensagens a todo o tempo, perguntando como estava, se estava bem, se havia conseguido dormir direito, se acordei bem...

Bom, talvez fosse minha vez de enviar uma mensagem.

Oi. Tudo bem? Espero não estar incomodando muito.
Espero te ver na academia hoje à noite. Até logo. 

Encarei a tela do celular, lendo e relendo a mensagem que acabei de enviar, esperando que Bright respondesse de imediato como sempre faz. Mordo o canto da boca, franzindo o cenho. Estranho. Ele ao menos visualizou a mensagem. De qualquer modo me sinto animado para vê-lo novamente naquela noite, Bright com seu jeito animado de sempre com certeza deve ter alguma história interessante para contar, como sempre faz, quando nos encontrarmos na academia de música hoje à noite.

E me agarro a isso. Me agarro ao fato de que vou vê-lo novamente, que estarei me sentindo alegre ao seu lado, mesmo que por algumas horas. Porque, para falar a verdade, nada tem me alegrado mais.

Além de sua companhia.

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Sei que estou convencido de mim mesmo de que daquela vez será diferente, terei um espaço em consideração para me encaixar no meio dos músicos, já não sou tão ruim como antes. No momento em que novamente me aproximo do semáforo para atravessar a rua, vejo do outro lado o prédio onde residia a academia de música, sinto-me nervoso como de costume, mas sei que é apenas o pânico-social que nunca me livrei a vida inteira. O violão de Bright, encapado, vinha em minhas costas e digo a mim mesmo para não usá-lo para envergonhar tanto ele quanto a mim. Tomo um longo fôlego assim que vejo o sinal de pedestres abrir e logo caminho até o prédio.

𝐊𝐢𝐬𝐬 𝐦𝐞 '𝐭𝐢𝐥 𝐈 𝐝𝐫𝐨𝐩Onde histórias criam vida. Descubra agora