[10] Kairosclerosis

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Não respiro, 60k? Obrigada por tudo, fico pasma com a proporção que essa fanfic tomou. Quando vejo as pessoas se identificando com os personagens, me sinto fazendo um dever. OBRIGADA ! Obrigada a Julls por ter revisado o capítulo pra mim e deixado tudo melhor <3 

Vamos lá, tomem cuidado com esse capítulo. Aviso de gatilho: Violência doméstica.



Apaixonado.

Ok, talvez não fosse isso. Talvez fosse. Mas parando para pensar verdadeiramente em todos aqueles sentimentos obstruindo seu coração como um ataque cardíaco e repuxando seus órgãos como se algo vivo estivesse dentro das suas entranhas, a conta batia. A vontade de colocar a felicidade de Jeongguk acima de tudo, de querer estar perto o tempo, de sentir saudades mesmo que tivesse acabado de vê-lo, a proteção exagerada... Sem contar os sorrisos, que eram policiados para não parecer um idiota.

Isso estava nos livros e filmes de romances desde sempre, não é?

Puta que pariu.

— Foi isso que disse pra ele? — Hoseok riu, debochado. — Ele seria muito ingênuo se acreditasse, porque você não é mais virgem nem de...

— Cala boca. — Taehyung o empurrou pelo ombro e riu, levantando-se para se juntar aos outros.

— Só pra constar — Hoseok o alcançou com uma corridinha —, essa tiara na sua cabeça é a coisa mais gay que eu já vi. Qual é, Taehyung, tá tão de quatro pelo garoto assim?

Taehyung retirou a tiarinha da cabeça e sorriu, afetado. Fechou o sorriso quando notou que era um dos sintomas da paixão e guardou a tiara no bolso da bermuda.

— Deixa de ser amargurado, Hoseok.

— Finalmente, Namjoon acabou de nos dizer o quanto aquela pasta de dente causou o maior trauma da vida dele. — Chungha, que estava sentada em uma perna de Yoongi, disse, dramática. Todos estavam ao redor de uma pequena fogueira improvisada, sentados em cobertores grossos sobre a areia, enquanto assavam marshmallows espetados em varetinhas e bebiam cerveja.

— A primeira vez do Hoseok foi a melhor. — Chungha comentou, assoprando um marshmallow. — Foi comigo.

— Exibida.

— A do Jimin foi a pior.

Jimin ergueu os olhos da cerveja e encarou Taehyung com o cenho franzido quando ele se sentou à sua frente. Taehyung acenou em um claro sinal de trégua, encarando-o nos olhos.

Sentia muita falta dele.

— Oi, gente, sobre o que estão falando?

Jeongguk estava de volta, um sorrisinho tímido nos lábios quando ocupou o espaço vago ao lado de Taehyung e abraçou as pernas rente ao peito. Droga, agora que sabia sobre a possibilidade de estar apaixonado, ficar perto dele demandava controle de uns sentimentos estranhos que definitivamente não estava acostumado. Jeongguk era aristocraticamente bonito. E Taehyung sabia que, se pudesse, passaria parte do seu tempo observando cada detalhe dele.

— Qual foi a maior loucura que você cometeu no banheiro? — Chungha perguntou aleatoriamente, se curvando atrevida sobre Jeongguk e exibindo um sorriso predador, a língua com o piercing deslizando sobre a boca da garrafa. Taehyung abriu a boca para dizer alguma coisa, porque por mais que amasse provocar Jeongguk, era diferente quando alguém fazia o mesmo, mas Jeongguk foi mais rápido e começou a tagarelar.

— Uma vez, eu fechei aquele negócio que escorre a água do chuveiro, achando que, de alguma forma, eu alagaria todo o banheiro. — Arregalou os olhos e deu uma risadinha fofa, e o som reverberou no peito de Taehyung como uma faca. — Não deu muito certo e eu escorreguei e bati a cara no porta-toalhas. Ganhei uma baita cicatriz na bochecha.

A grama do vizinho nem sempre é mais verde (taekook)Onde histórias criam vida. Descubra agora