[5] Monachopsis

14.5K 2K 10.9K
                                    

betado por: @4oclockatspring

Primeiro de tudo, olhem que capa linda que a fanfic tem agora. Sério, ainda tô apaixonada. Segundo, eu tô feliz que cês tão dando amorzinho a ela, continuem votando e comentando, então, pra eu saber que cês tão achando!! Caso vocês queiram falar dela no twitter a tag é essa:

#TaMeChamandoDePecador

Deitado na cama apenas de toalha, encarando o teto sem graça do quarto depois de um cochilo e um banho, a mente de Jeongguk entrava em novos conflitos outra vez. A consciência já pesava, e era como nos filmes, imaginando um diabinho e um anjo em seus ombros, um de cada lado, dizendo o que ele deveria fazer, e tal comparação era absurda, uma vez que desejava ouvir o lado da perdição.

Queria tanto ir de novo e repetir a sensação daquele sentimento vital que o preencheu na noite passada. Parecia tão certo àquela hora, por que tinha que ser tão errado?

Analisando os contras, imaginou como seria se seu pai descobrisse todas as suas mentiras. Se Taehyung o envolveria em outra coisa que o colocaria em mais problemas, sua mãe também ficaria decepcionada se soubesse que ele havia mentido.

Por outro lado, ele iria fazer o que tinha vontade.

E só esse pensamento parecia ser quase o suficiente para convencê-lo. Ter um pouco de autonomia fazia seu interior inflar, e era bom pensar nisso. Que tinha o controle de alguma coisa em sua própria vida. Sempre se achou sem nuances, e agora era como se Taehyung estivesse disposto a ajudar a adicionar alguma cor dentro dele.

Por um momento de decisão repentina, depois do que pareceram horas brigando com a própria consciência, se levantou de uma vez, estufando o peito impulsionado por uma euforia de que poderia fazer isso, decidiu ir. Como seus pais já tinham saído para fazer a obra da igreja, ele foi até a cozinha, um pouco incerto se deveria fazer o que estava pensando, mas mesmo assim preparou um tupperware com a comida que havia restado do almoço. Taehyung disse que não havia comido nada, e a comida de sua mãe era tão maravilhosa e havia sobrado tanto... E ele precisava se alimentar bem.

Apesar da casa vizinha não ficar muito longe, cada passo era como um alerta de que talvez tivesse tomado a decisão errada. De um lado, ele tentava se auto convencer de que estava tudo bem e certo, que não havia nada demais em visitar um vizinho, o outro, porém, alertando-o que ele estava mentindo e desobedecendo seus pais. Jeongguk sentia o estômago afundar pesado de culpa e ansiedade, em um pressentimento esquisito, segurava a vasilha nas mãos frias e suadas, parado de frente para a porta branca, que tinha uma placa de trânsito presa a ela e o nome Vincent escrito na identificação. Fechou os olhos com força e suspirou pesadamente antes de levar a mão até a campainha, engolindo o nó que havia se formado na garganta, se sentindo ansioso para ver o vizinho novamente.

Não seja covarde. Não seja covarde.

Repetindo seu mantra, tocou a campainha. Não demorou tempo suficiente para que pudesse se arrepender mais uma vez e mudar de decisão, a porta se abriu e Taehyung apareceu, a expressão aparentando tão surpresa quanto ele, o rosto se iluminando em um sorriso. Ele vestia uma regata preta e bermuda da mesma cor, a pele úmida e fresca assim como os cabelos claros que caiam nos olhos, como se tivesse acabado de sair do banho. E Jeongguk sentiu o cheiro de sabonete e perfume quando ele se aproximou um pouco, cruzando os braços no peito e passando a língua sobre o piercing no lábio.

— Então você veio mesmo. — Ele disse naquele tom costumeiro de quem não dosava o sarcasmo nas palavras. Jeongguk ajeitou a postura e tentou não demonstrar nervosismo. — Achei que teria que invadir seu quarto de novo, anjo.

A grama do vizinho nem sempre é mais verde (taekook)Onde histórias criam vida. Descubra agora