[3] The Bends

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Olá!, uau, to meio chocada com todo o carinho que a fic tá recebendo, principalmente porque ela só tá sendo repostada :( mas tô feliz e queria agradecer os comentários de cada um. Obrigada mesmo. Fico MUITO feliz. 

!Esse capítulo contém uso de drogas recreativas! Foi escrito em 2017, no spirit, mas eu adicionei algumas coisas. Se gostarem, comentem pra eu saber o que cês tão achando. Boa leitura <3


Jeongguk estava surtando. E não era nem pelo fato de ter um homem o abraçando de lado e assustadoramente próximo.

Aquele lugar, aquelas pessoas, aquele âmbito. Ele preferia acreditar que estava em um daqueles sonhos malucos em que tudo parece ser real demais e a única coisa que você pode fazer é esperar acordar. Ainda impressionado, percorrendo os olhos em cada detalhe, ele não conseguia imaginar o quão diferente as pessoas poderiam ser. Em aparência e comportamento.

Sempre preso à própria bolha que os pais haviam construído para ele, parecia demais estourá-la em apenas uma noite, ainda mais dessa forma, com um estranho, um estranho cheios de tatuagens, seu vizinho.

— E aí, capetão! — Um garoto disse quando se aproximaram de um grupo composto por quatro pessoas, todas vestindo a mesma jaqueta que Taehyung, em volta de um carro bizarramente alaranjado. Jeongguk arregalou os olhos com a forma de tratamento, tentando se afastar de Taehyung, que apenas revirou os olhos e o cumprimentou com um aceno e um sorriso enviesado.

Um dos garotos possuía cabelos verdes e estatura baixa, o outro tinha os cabelos num tom de rosa chiclete e era o maior entre eles, o terceiro, que tinha cabelos pretos e um sorriso escandaloso, encontrava-se abraçado à única garota ali.

— Começaram sem mim, seus merdas.

— Você demorou demais, Tae, o que houve? — A garota perguntou. Ela era muito bonita, o rosto forte e tinha algumas tatuagens no pescoço. Jeongguk sentia a ansiedade bater em seu estômago, fazendo com que ficasse inquieto ao lado de Taehyung, as mãos entrelaçadas na frente do corpo, nervoso.

Não pertencia àquele lugar.

— Eu tive um assunto para resolver. — Taehyung reforçou o abraço lateral, fazendo com que as pessoas olhassem na direção de Jeongguk, que se encolheu em instinto ao ter aqueles desconhecidos o encarando. Desviando os olhos para qualquer outro lugar que fosse os rostos curiosos, sentiu o sangue fluir para bochechas, o medo do julgamento apertando-lhe o estômago.

— E onde você comprou ele? — Um deles perguntou, o de cabelos rosa, divertido, enquanto analisava Jeongguk como se ele realmente fosse alguma peça para venda. — Quero um.

— Você só fala merda, Namjoon. — Taehyung respondeu, revirando os olhos. — Ele é meu vizinho, cara. Melhor pegarem leve.

— Trouxe ele no lugar errado então, cara.

— Jeongguk, esses são meus amigos. Namjoon... — Taehyung foi apontando com o queixo na direção de cada um. Jeongguk piscou os olhos e engoliu em seco, tentando sorrir e parecer simpático e sociável, mas tremia por dentro. — O baixinho é o Yoongi, mas ninguém chama ele assim. Hoseok... — Ele sorriu amigavelmente. E Jeongguk gostou dele. — E a única garota é a Chanmi.

Internamente, tentou não reparar muito em como cada pessoa ali tinha uma característica marcante. Tatuagens, cabelos coloridos, piercings e alargadores. Roupas pesadas e chamativas. Como Taehyung.

— Jeon Jeongguk. — Fez uma mesura e agradeceu mentalmente por não ter falhado a voz. Buscando uma confiança que não existia, mas não queria parecer um completo alienígena ali. Eles riram como se tivesse algo engraçado, e suas bochechas esquentaram, envergonhado. Com os olhos perdidos, olhou para Taehyung, como se ele pudesse dar uma resposta.

A grama do vizinho nem sempre é mais verde (taekook)Onde histórias criam vida. Descubra agora