[15] Rigor Samsa

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Oi, gente, demorei, né? MAS CHEGUEI. Quem ainda se prontifica a ler minha historinha, aqui está mais um capítulo cheio de emoções. Não está totalmente corrigido, então me desculpem por isso. <3 

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" Rigor Samsa: Um tipo de exoesqueleto psicológico que pode protegê-lo da dor e conter suas ansiedades, mas sempre acaba quebrando sob pressão."

— E quem é você? — Taehyung encarou a mão esticada e depois voltou a olhá-lo nos olhos, desconfiado. Se já era estranho encontrar esse homem em situações de acasos, em uma delegacia ultrapassava qualquer limite.

— Já disse, sou seu advogado. — Seokjin continuava com o mesmo sorriso, a voz calma, naquela parcialidade quase enervante. Percebendo que Taehyung não o cumprimentaria de volta, ele recuou a mão, inabalável, e ergueu a maleta, tirando de lá um papel.— Já analisei seu caso, não é grande coisa porque você não foi pego em flagrante, só teve o azar de estar na hora errada, no lugar errado. Mas ainda vamos precisar de um exame toxicológico, mas eu já agilizei todo o processo, eles não podem te manter aqui sem nenhuma prova.

— Qual é a sua, cara? Meu advogado? Eu nem te conheço. — Taehyung cruzou os braços, se sentindo intimidado por estar do outro lado da cela. Era humilhante. Seokjin ajeitou a gravata e fez um gesto indiferente com as mãos.

— Conhece outro advogado? — Taehyung balançou a cabeça negativamente, mesmo não gostando daquela conversa. — Então, pronto, vou te tirar daqui.

— Por quê? O que você ganha com isso?

— Quando eu te tirar, posso esclarecer as suas dúvidas.

Não ficou satisfeito. Era mais estranho ainda pensar que um advogado estava em uma corrida ilegal.

— Porra nenhuma...

— Taehyung! — Taehyung foi interrompido, e se virou quando ouviu a voz familiar ecoar pela delegacia. — Que caralho, filho. Onde você foi se meter, porra?

— Naomi? O que você tá fazendo aqui?

— O senhor Jung me ligou.

Claro. Taehyung tinha se esquecido que sua mãe já havia trabalhado como secretária em uma delegacia antigamente, e foi nessa mesma delegacia que ela conhecera seu pai e ainda mantinha contato com alguns ex-colegas de trabalho.

Taehyung suspirou e esfregou o rosto, se preparando mentalmente para mais um desgaste que ele havia evitado na grande maioria das vezes em relação à mãe. Não era como se devesse alguma explicação a ela depois de todo esse tempo e de toda a situação que passaram, mas, ainda assim, não queria deixar aquela impressão de que tinha desviado de tudo que seu pai o havia ensinado.

Mesmo que sua realidade fosse exatamente essa.

— Foi só um mal entendido.

— Porra nenhuma, Jung me avisou que você foi pego com drogas! Ah, merda, Taehyung, como você foi se envolver com isso, filho? — Ela segurou as grades com as mãos e aproximou o rosto, aflita e zangada nas mesmas proporções. Taehyung notou como a mãe havia envelhecido desde o dia em que a vira pela última vez, parecia mais preocupada, cansada, o rosto, que antes era bem cuidado, agora estava sem vida e opaco, olheiras pesadas de quem não tinha uma boa noite de sono, os olhos, que se pareciam muito com os seus, estavam tristes. Não estava a fim de iniciar uma discussão que esgotasse o restante das suas energias e não tinha vontade alguma de explicar seu caso a ela, que nem mesmo sabia como resolver.

A grama do vizinho nem sempre é mais verde (taekook)Onde histórias criam vida. Descubra agora