Pov lary
*No jantar*
- Pai, talvez eu não apareça na cerimônia por conta da faculdade.- Minha irmã fala.
- Dá um jeitinho, filha.
- Sua presença, assim como, a da família inteira, será importante.- Meu pai fala olhando pra ela, logo em seguida olha para mim. Não olha pra mim, deixei claro que eu não irei.- Pai, não posso faltar.
- É um festival importante.- Ela diz.- Alguém aqui pensa no próprio futuro.- Minha mãe diz enquanto bebe um gole do seu suco. Eu tenho certeza que essa foi pra mim. Se controla, Laryssa!
- Juliana, por favor!- Meu pai fala olhando para ela.
- Eu falei alguma mentira, Erasmo? - Ela pergunta enquanto olha para o meu pai. Ele permanece calado, como sempre. Pau mandado da minha mãe!
- Laryssa, já sabe qual faculdade irá fazer?
- Esse ano vc conclui os estudos, precisa ingressar em alguma carreira.- Meu pai diz, logo em seguida põe uma garfada de sua refeição na boca. Que saco! Isso de novo.- Não sei se quero fazer faculdade.- Eu falo olhando-o, imediatamente, todos me olham.
- Como assim não quer fazer faculdade?- Minha irmã pergunta enquanto todos me olham.
- Vc faz ideia de quantas pessoas queriam ter as oportunidades que vc tem?- Minha mãe me pergunta.
- E pq vcs não pegam essas oportunidades e saem distribuindo para quem quer?- Eu falo, todos tiram suas atenções de mim e põem em seus pratos.
Eu apenas observo tudo enquanto eu como. Eu nem queria estar aqui, estou fazendo isso porque o meu pai insistiu.
Odeio jantares em família, ainda mais quando a família é igual a minha. Eu sempre gostei de ficar sozinha, fazer tudo sozinha, sem ninguém por perto.- Como está indo no colégio?- Meu pai pergunta olhando-me. Da última vez que ele me perguntou isso, o mesmo levou 2 meses fora a trabalhos.
- Bem!- Eu falo.
- E as namoradas?- Minha irmã me pergunta. Que pergunta idiota.
- Me poupe das suas perguntas idiotas.- Eu falo curta e grossa.
- Como sempre, mal humorada e ignorante - Minha irmã fala debochando da minha cara.
- Desculpas, mas é assim que eu lido com falsidades.- Eu falo olhando-a seriamente.
- Fui convidado para uma reunião em seu colégio - Ele diz enquanto pega um papel, vulgo ser o convite, no bolso e me entrega. Como?? Mas nem é final de semestre.
- Mas não é final do semestre...- Falo abrindo o papel para ler.
- Não é essa a questão.- Ele diz enquanto eu termino de ler. Merda!
- Eu posso explicar.- Eu falo olhando-o após ter terminado de ler o bilhete.
- Claro que eu quero explicações.- Ele fala olhando-me. Logo em seguida a minha irmã intrometida puxa o papel da minha mão e começa a ler.
- Me dê essa merda aqui- Eu falo me levantando e indo a sua beira. Tento pegar o bilhete, mas ela põe o braço evitando que eu pegue-o.
- Calma, Laryssinha. - Ela diz debochando da minha cara.
- Eu vou quebrar sua cara, se vc não me dar essa merda agora.- Eu falo. Logo em seguida, eu puxo-a pelo pescoço e tento pegar o bilhete em sua mão.
- Cheguem, vcs duas. - Meu pai fala. Pego o papel da mão dela e volto a me sentar.
- A Laryssa voltou a se envolver com pessoas erradas no colégio, mãe.- Minha irmã fala em voz alta, logo me olha com um olhar de satisfação. Eu juro que eu ainda quebro sua cara, Any!
- Isso é verdade, dona Laryssa?- Minha mãe pergunta. Ava, desde quando isso é do seu interesse.
- Desde quando se importa? - Eu pergunto.
- Da última vez que vc se envolveu com esses tipos de pessoas, vc parou na delegacia sujando o nome da família.- Ela diz.
- Ah, claro!
- O grande nome da família, o tal: CARDOSO MACHADO... Que piada.- Eu falo debochando, logo me levanto para sair da mesa.- Laryssa, não terminamos!- Meu pai fala segurando em meu braço, impedindo-me de sair da sala.
- Mas eu já.- Eu falo puxando meu braço, livro-me dele e saiu da sala de jantar.
- Laryssa, volta aqui! - Ele diz em um tom alto. Não tenho medo.
- Faz o que vcs fazem de melhor. Me esquece! Finjam que eu não existo.- Eu falo em um tom alto enquanto subo as escadas. Logo entro no quarto, bato a porta e me jogo na cama.
- Pensamentos of-
Como sempre, essa merda de nome está a frente de qualquer coisa.
- pensamentos of-
Me levanto e começo a jogar as minhas coisas no chão, pego minha guitarra e quebro com força na parede, pego uma tesoura que avisto encima da mesa do meu PC e começo rasgar todos os meus quadros de pinturas. Jogo todas as minhas coisas que estavam encima da minha mesa do PC no chão, incluindo o meu celular. Logo me vejo esmurrando a parede com força e com muita raiva, eu estou tão tomada pela raiva que não consigo nem sentir dor.
- pensamentos on-
Estou completamente tomada pelo ódio. Estou cansada de toda essa merda que se repete diariamente. Eu nunca fui e nunca vou ser a filha perfeita que eles tanto querem.
Eu tento, eu tento, mas ninguém percebe o quanto estou tentando, e já faz muito tempo. Já faz anos que eu venho tentando, mas... Eu sou tão ruim assim? Porquê? Por que eles me tratam assim? Já não é o bastante carregar essa culpa?Quanto mais eu vivo, mais eu percebo que essa merda de vida é feita de dor, sofrimento e vazio. Ninguém nunca vai entender minha dor, além de eu mesma. Todas as pessoas procuram razões para não confiarem em mim, só pq eu não sou igual a elas.
Eu não consigo viver em um mundo, onde o erro está nele e não em mim. Eu não consigo viver em uma bolha onde me limitam ser quem eu sou.
Eu só queria ter uma família que ligasse pra mim. Eu só queria ter alguém que dissesse que sou importante para ela.
- pensamentos of-
Estou sentada no canto da minha cama enquanto eu choro, me sinto fraca, minha mente está fraca. Já não aguento mais chorar por nunca ser suficiente para alguém, por nunca ser o orgulho de alguém. Estou cansada de toda essa pressão psicológica.
Eu só preciso que tudo pare, pelo menos só por algumas horas, para eu poder descansar.
Eles acham que a vida é só estudo, faculdade, trabalho, dinheiro, fama... Que se fodam todas essas coisas. O que adianta ter tudo aquilo que os convém se não têm a felicidade interior? O que adianta ter dinheiro e não poder fazer coisas que o dinheiro não compra? O que adianta viver à procura de sucesso se quando chegamos lá, não conseguimos sentir o prazer dele?
Estou exausta. Sinto dores por todo o peito, mal consigo respirar. A minha vontade de desistir de tudo é imensa, mas nem a morte me quer por perto.
Sinto meu corpo amolecer, meus olhos estão ardentes de tanto chorar. Imediatamente, eu me deito no chão do quarto e sinto meus olhos se fecharem.
Boa noite, pessoas!
Como cês estão?Esse capítulo não ficou tão bom, estou com um bloqueio em minha mente para escrever.
Tbm não estou tão bem psicologicamente, espero que me entendam.😔
Amo ocês! ✌️❤️Capítulo não revisado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Preço Do Desejo
FanfictionPoderia ter sido apenas sexo e um contrato assinado, entretanto, Laryssa Cardoso não soube administrar o preço do seu desejo e acabou sofrendo as consequências pela ambição de querer ter a Giana Mello como sua escrava sexual. Em andamento. +18