"Por quê?"

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Pov GIANA

  A Laryssa me deu uma semana para ler, verificar e assinar o contrato. Eu não paro de pensar nisso, mal consigo me concentrar no colégio e nas minhas aulas de dançar.

 
Uma parte de mim implora para ser dominada por ela, mas a outra não. A outra tem medo do que ela possa fazer comigo, tem medo de se machucar.

As coisas que têm naquele contrato são norteadoras e violentas, machucam de verdade. Ela precisa de tudo aquilo pra sentir prazer, para satisfazê-la?

Depois daquela noite, eu não consigo mais tira-lá da cabeça. Tudo que eu faço ela está presente na minha mente. Eu ainda não acredito que fiz sexo com uma pessoa que eu mal conheço, uma pessoa que eu conheci em menos de duas semanas atrás, e pior, eu não acredito que transei com uma sádica. Tá! Isso é maluquice, Giana!


Depois daquele dia não conversamos mais... E que dia, aquilo foi excepcional! Eu desejo repetir aquilo várias vezes.
O seu corpo, a sua boca, a sua língua... Eu não consigo esquecer. O que ela está fazendo comigo?
A todo momento as cenas de nós duas nuas naquele quarto passam em minha cabeça.

Como eu queria sua boca, seus lábios macios e avermelhados envolvidos aos meus. Porque eu penso tanto nela? Porque não consigo tira-lá da minha cabeça? Por quê?


É maluquice da minha parte sentir sentimentos tão fortes por alguém que eu mal conheço, por alguém que eu conheço a menos de um mês. Eu nem sei nada sobre sobre ela, além do seu nome e seu prazer em punir as pessoas.

  O pior de tudo é que ela age como se não tivéssemos feito nada. Como se isso que ela faz fosse algo normal. Ela vive em um mundo onde eu não estou acostumada a viver.

Mas, se tem uma coisa que ela não resistiu, foi ao meu toque, isso não dar para negar. Eu pude acariciá-la enquanto dormia ao meu lado, eu toquei em seu rosto cada parte dele. Alisei o sua mandíbula, a sua boca, a sua sobrancelha... Ela conseguia ser linda até dormindo, eu fiquei, literalmente, babando naquele corpo sensual. Ah, Laryssa... Onde vc estava esse tempo todo?

  Neste exato momento, estou voltando do colégio com a Nicole, minha amiga. Ela namora meu irmão. Na vdd, eles ficam. Ela não sabe de nada sobre o contrato, até porque a Laryssa deixou bem claro que era um contrato de confidencialidade, ninguém poderia saber sobre a nossa relação.

- Gigika, cê vai para a viajem do colégio, não vai?- Ela me pergunta enquanto entramos na portaria do meu apartamento.

- Acho que sim, não tenho certeza.- Eu digo.

- A não, Giana!- Ela diz parando de andar e com uma cara meio decepcionada e triste. - Diz que sim! vaii! Diz que siimm, por favor, amiga. Simmm????- Ela fala me suspendendo e me balançando pela mochila.

- Tá, Nicole! Eu vou! Eu vou!.- Eu digo entrando no elevador. Eu não estava afim de ir, mas, é a Nicole, né?

- Ótimo! Não vou precisar te colocar dentro da minha mochila e te levar obrigada.- Ela diz.- Democracia é TUDO!- ela diz sarcasticamente.

Logo entramos no meu  apartamento, e como sempre, ela foi se jogar encima do meu irmão.
  Vou pro meu quarto e lá eu fiquei o resto da tarde. Hoje está sendo um dia muito... Meio que, como digo, chato e desanimado.

  Já se passaram dois dias do prazo que a Laryssa me deu, eu ainda não cheguei à minha conclusão, nem sei se quero chegar.
Ela mexeu muito comigo, e eu não sei se isso é bom ou ruim.

- Pensamentos on-

  O que ela deve estar fazendo agora? Transando com outras garotas? Chicoteando alguma bunda? Colocando borrão de vela nas intimidades de suas submissas? Quantas submissas ela deve ter no geral? Pq ela escolheu a mim para ser uma de suas submissa? Pq ela resistiu ao meu toque sendo que eu quebrei umas das regras? E por que caralhos estou pensando nisso?

Aaaaaa... são tantas perguntas perambulando em minha mente, eu mal consigo administrá-las.

- pensamentos of-

Eu não estou em um bom dia, na vdd, não lembro a última vez que estive em um dia bom.
De tanto eu forçar a minha mente o dia todo, me sinto desgastada psicologicamente e, até mesmo, fisicamente. Sinto-me a necessidade de descansar.

Passar alguns minutos, eu começo a sentir uma leve sonolência que fez com que eu apagasse de vez.

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