capitulo 7

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Patrick que sempre aguardava sua companheira de escuridão, a noite, que era tão escura e fria quanto ele, hoje a repudia.
Ela chega e Eda se vai, isso o deixava infeliz. 

__ Você tem mesmo que ir? - Ele perguntou, vendo que Eda já se aprontava para fazer.

__ Tenho sim, preciso aquietar minha vizinha, contar a ela o porque ando passando tanto tempo longe, ela deve estar muito preocupada já que não conseguimos nos falar antes. - A jovem respondeu. 

Patrick sorriu vendo a preocupação no rosto de Eda.
Ela devolveu o sorriso de forma meiga, era impressionante como esses simples gestos eram capazes de derreter o coração gelo de Patrick.
Sempre que ela sorria ele desejava se agarrar e se perder junto dela em sua felicidade.

O relógio ja marcava nove horas, a hora combinada.
Ele já entendia o motivo, porém não sabia o que fazer para tê-la por mais um tempo.
Foi aí que uma ideia lhe surgiu.

__ Se permitir, eu poderia acompanhá-la hoje, o que acha? - Já que ela não poderia ficar, ele precisava achar uma maneira de passar mais tempo com ela, esse era o único jeito.

Eda olhou para ele totalmente incrédula.

__ Você sabe onde eu moro né, tem certeza? Quer ir mesmo na favela? - Ela questionou.

__ Que mal tem nisso? Eu não me importo com o local onde você mora, é sério. E para falar a verdade, preciso mesmo sair um pouco, a tempos que só vejo essas paredes.

Um sorriso brotou em seus lábios.
"Nós dois sozinhos, naquela espaço tão pequeno" - Sua mente o levou diretamente para o paraíso fora desta mansão.
Certamente aquele carro queimaria em chamas se ele pudesse controlar seus movimentos.
Porém isso não lhe impediria de causar ali, ao menos um pequeno incêndio.

__ Tá bom! Por mim você pode ir então. - Eda respondeu com um sorriso largo.

__ Então vamos! - Patrick disse, com um sorriso tão largo quanto o dela.

Eles saíram e já encontraram Hector ao lado do carro, já aguardando para levar a jovem para casa.

__ Me ajude aqui Hector, eu vou com vocês. - Patrick disse ao homem que estava ao seu lado.

Hector olhou para o chefe incrédulo.
Até ele se surpreendeu com tal atitude.
Afinal, o homem só saiu desta casa para uma ou duas consultas, e suas cirurgias, fora isso, nada. Nem mesmo um passeio no jardim da própria casa ela dava.

Mesmo surpreso Hector ficou feliz por seu patrão estar regredindo.
Sua vasta experiência o fez entender tudo, o ciúmes, as mudanças não só de humor, este passeio de carro até a favela, que não seria do seu feitio nunca, certamente seu chefe está se  apaixonando.
__ Isso é bom, na verdade e
ótimo. - Pensou o rapaz.
A parceria de Hector e Patrick era de longa data, desde muito antes daquele terrível ocorrido com Pablo.
Hector o tinha não só como um chefe, más como um grande amigo.
Ele desejava muito que Patrick encontrasse a força necessária para voltar a ser o que era.
Bem, ao que parece, sua força chegou, seu anjo em forma de mulher.
Está mulher.
Eda Martinez.
Era ela a sua salvação.

Hector estava pronto para abrir a porta da frente para colocar seu chefe ali, porém Patrick fez um gesto com a cabeça para que ele não abrisse essa, e sim a de trás.

Hector reprimiu um sorriso, fazendo de imediato o que foi pedido.
Logo em seguida colocou Patrick dentro do carro.
Eda entrou do lado oposto.

O caminho era longo, depois de tudo Eda estava sem jeito, já Patrick nem tanto, na verdade ele queria quebrar aquela distância, tocar seu corpo e beijar seus lábios, causar aquele pequeno incêndio logo de uma vez.

Prisioneira do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora