01 | a volta

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No inverno de 2011
Aos oito anos de idade

Observava as pessoas entrando e saindo com caixas e móveis, retirados de um caminhão de mudança, e via todos sendo rápidos por conta do frio e da neve que estava caindo e tomando conta de tudo, como um grande véu branco cobrindo as ruas, casas e árvores. O inverno era minha estação favorita, apesar do frio exagerado, observar o céu nublado e todas as ruas brancas com a neve caindo, era especial para mim.

Os novos vizinhos chegaram naquele dia, não havia conhecido eles ainda, mas pretendia dar as boas vindas junto com a minha mãe.

Naquela época eu pensava que se eu fosse primeiro até as pessoas e fosse gentil, elas iriam retribuir da mesma forma. Mesmo que nem todas fizessem o mesmo.

Notei um movimento estranho pelo canto do olho e rapidamente desviei meu olhar para procurar o que era. Olhei para a janela da casa ao lado, que ficava em frente a minha no primeiro andar, e foi quando vi um menino no local abrindo a janela dele e me olhando também.

Franzindo as sobrancelhas eu abria a janela, sentindo a brisa fria me atingir e um arrepio subir minha coluna, enquanto me escorava na mesma. Mesmo com uma roupa de frio e o aquecedor de casa ligado, eu ainda sentia muito frio.

— Quem é você? — perguntei com um tom de voz alto o suficiente para ele escutar.

—Meu nome é Nicholas, mas pode me chamar de Nick. — ele respondeu, no mesmo tom. Ele era alguém sociável. – Quem é você?

—Eu sou a Jasmine. — dei um sorriso para ele e o observei melhor.

Sua pele era negra, um tom um pouco mais claro do que a senhora que parece sua mãe lá embaixo, os olhos dele eram de um castanho claro que brilhava a luz e seus cabelos eram grandes e encaracolados.

Achava ele um dos meninos mais bonitos que eu já tinha visto.

— Você tem um nome bonito. — ele disse, eu sorri mais ainda por conta disso. As pessoas não costumavam me elogiar muito, ou algo que vinha de mim. — Você é minha vizinha, né?

— Sim.— Respondi sorridente. — Podemos ser amigos.

Eu nunca tive muitos amigos, acho que poderia dizer que em toda a minha vida eu só tive duas pessoas que pudesse chamar de amigos, e naquela época eu não tinha muito medo de conversar com as pessoas. Então qualquer chance de poder ser amiga de alguém, de verdade, eu aproveitava.

— É, podemos. — Ele suspirou me olhando com os olhos brilhando e um sorriso pequeno, que fazia minha pele pálida e as bochechas coradas por conta do frio, ficarem com um tom ainda mais avermelhado.

 — Ele suspirou me olhando com os olhos brilhando e um sorriso pequeno, que fazia minha pele pálida e as bochechas coradas por conta do frio, ficarem com um tom ainda mais avermelhado

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28 de maio
Aos 18 anos de idade

Era primavera. Final da estação. As árvores que meses atrás estavam vazias, agora estavam cheias de flores coloridas enfeitando e colorindo por onde passávamos. O nosso bairro era decorado com cerejeiras em todos os cantos, as árvores estavam sempre fartas de flores de cerejeira e muito bem cuidadas e preservadas, chamando a atenção de longe.

Uma Brilhante EstrelaOnde histórias criam vida. Descubra agora