Um amor guardado durante anos, um casamento por interesse. Júlia é um doce de mulher que sempre guardou um forte sentimento por um homem frio e sem escrúpulos. Agora terá que casar com ele para salvar os negócios da família. Henry é sexy, quente, in...
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Henry
Chego de viagem e vou direto para a casa dos meus pais, já que recebi uma mensagem avisando que os dois precisavam conversar seriamente comigo.
Passei uma semana em Paris acompanhado da Laís, minha parceira de cama. Amo essa vida de solteirice e curtição e, por mais que eu não queira relacionamentos, gosto de ter alguém em quem possa confiar, o que é o caso dela.
Nunca namorei sério. Aprecio minha liberdade, mesmo que tenha Laís como alguém fixo para o sexo. Ela sabe disso e age igualmente. Compartilhamos, somos independentes, não cobramos nada um do outro. E porra, ela é um mulherão. São cinco anos nesse caso sexual aberto, sem rótulos. Temos muitos gostos em comum como o sexo sem inibições, bebedeiras, farras e viagens. Laís é linda e tem vários homens aos seus pés, e que ela acaba se divertindo com eles também, e isso não é um problema para mim. Cada um com suas diversões fora a parte.
Não tenho do que reclamar da minha vida profissional também. Sou o braço direito do meu pai na FH telecomunicações, a empresa da família. Meu primo, Rodrigo, que foi criado pelos meus pais, também ocupa um cargo importante, mas visa, assim como eu, a presidência. Um lugar que deveria ser meu, já que sou o único herdeiro, mas como meu pai sempre nos tratou como iguais, vê a possibilidade de entregar isso a ele.
O que, para mim, é de foder meu orgulho.
Por isso preciso ocupar o posto e deixar meu pai saber que fez a escolha certa.
Assim que passo pela porta de entrada sou recepcionado por minha mãe, que me acolhe com um abraço apertado e um beijo demorado na bochecha. A mulher da minha vida é meiga, única e carinhosa.
— Senti sua falta, meu amor.
— Só sete dias, mãe.
Devolvo o beijo e caminho até onde meu pai se encontra, na sala de estar, sentado no sofá e bebendo seu uísque.
Trocamos um aperto de mão e sento ao seu lado.
— Então, o que houve de tão urgente para que me chamasse com tanta pressa?
— Querido, quer comer alguma coisa? Maria pode preparar algo que gosta.
— Não, obrigado. Parei em uma cafeteria com a Laís e comemos um pouco.
Vejo a careta que minha mãe faz com a menção da Laís. Nunca se gostaram, principalmente porque não vê sentimento entre nós dois e acha um desperdício que eu saia com alguém que não ame. Laís também não fica atrás, porque nunca fez questão de se dar bem com meus pais.
O que para mim acaba facilitando, não deixando com que minha mãe sonhe com um possível relacionamento entre nós dois.
— Só me digam o que está acontecendo, porque minha mãe está nervosa. Ela não é assim.
