Compromisso Selado - Completo até dia 31/10/21

Capítulo 7

Pra quem nunca leu a história, não passou raiva com Henry e Júlia, tenha calma... paciência com eles. Hahaha... De resto, aproveitem! ♥

Ps. Essa versão não contem cenas eróticas, pois deixei mais leve para ficar livre pra todos os públicos. :)

***

Henry

Ela não sabe quem é o Rodrigo. Não faz ideia do quão ardiloso ele pode ser para me atingir.

Sabia que ele usaria o que pudesse para aprontar comigo. Não que eu esteja com ciúmes, mas ele sempre soube que não sou do tipo que divide o que é meu. Laís não me importava em relação a isso, mas Júlia não. Essa eu não posso permitir, por mais que ela me odeie.

Sento na ponta da cama e tento relaxar enquanto ela toma um banho. Minha noite tinha tudo para ser perfeita, com meus planos se concretizando, mas Laís começou o estrago e Rodrigo deu seu toque final, fazendo com que Júlia e eu acabássemos discutindo.

Meus pensamentos acabam desviando para a garota dentro do banheiro, a que entrou na minha vida de uma maneira repentina, que parece despertar um instinto irreconhecível até então. Pulso de desejo com a imagem dela bem vestida, o cheiro e nossos lábios próximos demais um do outro.

Até que a porta do banheiro se abre e permito que meu corpo fale mais alto, o desejo tome conta quando levanto e a agarro em um beijo feroz e desesperado, empurrando-a contra a parede e puxando Júlia para meu colo, as pernas em torno dos meus quadris.

O gosto de creme dental se mistura com o meu que é de álcool, que acende e atinge cada poro do meu corpo. O beijo intenso me envolve de uma forma que não permite que eu enxergue mais nada além dela e do nosso contato íntimo.

Minhas mãos passeiam por sua cintura, elevando devagar para a alça da sua camisola. O cheiro da sua pele me embriaga e enlouquece, entorpecendo-me.

Entre tropeços, dou a volta e desabo com ela na cama, meu corpo sobre o seu, enquanto escorrego os lábios através do seu pescoço, percorrendo um caminho que tanto desejei nos últimos dias.

— Por Deus, você é linda! — Murmuro. — Não é mesmo sua primeira vez?

— Não.

A resposta me atinge com um baque cruel.

Por que eu fiquei decepcionado com isso? Não é como se uma garota de vinte e um anos virgem fosse algo comum.

Afasto o desconforto e foco no que realmente me importa no momento.

Tomo de conta do seu corpo, cada centímetro, explorando e conhecendo um lado dela que jamais imaginei conhecer.

E me perco, brevemente, por essa noite.

Uma diversão e nada mais, é isso que meu cérebro avisa.

***

Amanheço com suas pernas por cima das minhas, o seu braço envolvendo minha cintura e a sua cabeça apoiada em meu peitoral, os cabelos encostando no meu nariz. Que merda é essa?

Assim que me dou conta do que está acontecendo, levanto de supetão, assustando-a, mas não ao ponto de fazer com que acorde. Não posso permitir tanta intimidade assim. Nunca fui de dormir agarrado, de romantismo e todas essas bobagens de casal apaixonado. Nem vai ser agora.

Entro no banheiro e ligo o chuveiro para acalmar meu corpo. A noite foi incrível, intensa e tudo mais, no entanto preciso deixar claro que as coisas não vão mudar, a não ser que ela aceite a parte da diversão sem cobranças. Por ela só sinto desejo, nada além disso.