ALERTA GATILHO, SURTOS E FIM DA FIC.
BOA LEITURA
POV'S JULIETTE.
– Está me machucando Sarah. – tentei afastar seus dedos do meu couro cabeludo.
– Olha para mim. – me fez a encarar. – Eu vou fazer você se arrepender do que fez.
E, pela primeira, vez eu realmente havia visto em seus olhos a verdade.
– Eu não tenho medo de você! – murmurei desafiadora.
Ela sorriu ofendida, mas aquele mínimo sorriso sumiu quase na mesma velocidade em que apareceu.
Sarah apenas me olhou por alguns segundos, antes de sair do banheiro.
Eu a conhecia bem o suficiente para dizer que, atrás desse silêncio tedioso, havia algo, algo sério que trará consequências perigosas para alguma pessoa.
Pela primeira vez, em meses, eu realmente havia me sentido ameaçada pelas palavras frias que saíram da boca dela.
Pela primeira vez eu pude ver, em seus belos e hipnotizadores olhos verdes, que ela faria loucura.
Fui atrás dela.
Meus passos rápidos e aflitos tentando acompanhar sua velocidade demonstravam o quão desesperada eu estava. Sarah já chegava ao seu carro, quando finalmente consegui alcança-la.
– Onde vai? – minha respiração estava descompensada.
– Isso não é problema seu. – fez um impacto bruto com o braço, fazendo com que o mesmo saísse de meus dedos.
– Não faz nenhuma besteira, por favor. – pedi, completamente aflita.
– Eu sei me cuidar, Juliette. Eu sei o que eu faço! – falou, completamente, fria como nunca havia sido antes.
– Por favor... – novamente pedi, tentando pegar seu braço.
– Não encosta em mim. – novamente se afastou, com a mesma brutalidade de antes.
Engoli seco, estranhando a tal atitude.
Sarah, normalmente, me bateria, me xingaria dos palavrões mais sujos e repugnantes, e, sinceramente, isso é mais preferível do que a ver me tratar assim.
Abri a boca, mas palavra nenhuma saiu. Não veio em mente nenhum argumento que faria ela ficar. Talvez um simples "eu não tive culpa, me desculpe por ter agido de uma maneira tão infantil, mas eu não pude evitar tentar puni-la por agir de maneira tão indiferente comigo." seria o suficiente, mas eu não tive coragem nem para começar a primeira palavra.
Sim, eu fui covarde, e talvez alguém pagaria muito caro pela minha covardia.
– Não precisa dizer nada. – questiona assim que viu que palavra nenhuma havia saído da minha boca. – Guarde suas palavras pra quando eu chegar. Garanto que tem muito o que explicar. – foi tudo o que ela falou, antes de abrir a porta do seu carro, entrar no mesmo e sair na maior velocidade possível.
Confesso que aquelas últimas palavras soaram meio ameaçadoras, mas no momento, minha preocupação era o foco de tudo, não deixando espaço para medo de ameaças.
Meu rosto ardia, meus olhos ardiam. Eu queria chorar.
POV'S SARAH.
Acelerei o carro no máximo possível, ignorando todos os limites de velocidades.
Foda-se as regras.
