Tiro errado

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POV'S ROBERTA. 
                                                CHICAGO, EUA.

Entrei no escritório do Rodolfo, vendo uma cena que fez meu estomago embrulhar: Ele sentado em cima do seu caro sofá, com as calças no joelho e com a pernas abertas, no meio das mesmas havia uma mulher... o chupando.

Porra, como aquilo era nojento.

E, como se aquilo não fosse o suficiente, ao seu lado havia mais duas mulheres... se beijando completamente nuas. Botei a mão na boca, sentindo o gosto horrível do vômito. Aquilo era muito nojento. A loira parou de beijar sua "amiga" e me olhou perversa, antes de dar um sorrisinho safado. Tive vontade de soca-la.

- Veio participar da festa, lindinha? - sua voz de vadia ecoando pelo cômodo me deu vontade de voar no seu pescoço.

- Vai pro inferno, vagabunda. - eu estava irritada, isso não era surpresa, a surpresa era o porquê daquele irritação.

Minha voz fez com que Rodolfo e as outras duas vagabundas me olhassem.

- Quem te deu permissão para entrar aqui? - diz, antes de empurrar a moça que estava entre suas pernas e vestir a calça.

Sorri, incrédula com a frase.

- Desde quando eu preciso de permissão para vir? - Rodolfo riu. E era nítido minha chateação com tudo aquilo. - Será que eu posso conversar com você, ou você está meio... ocupado? - olhei para as meninas que ali estavam.

- Vazam! - foi tudo o que ele disse, e  já foi o suficiente para vê-las sair... uma por uma. - O que te faz atrapalhar minha diversão? - foi até sua mesa, sentando na mesma, com o olhar sempre fixo em mim.

- Eu estou fora! - foi tudo o que eu disse. 

Rodolfo arqueou a sobrancelha.

- Ta fora do que? Do que você está falando? - sorriu.

- Desse teu planinho idiota de fazer a Sarah se apaixonar por mim pra você poder ficar com a vagabunda da Juliette. - Sim, ele ainda tinha esperanças com isso, mesmo que ela esteja na puta que pariu.

- Deixa-me adivinhar... - sorria. - Sarah ainda não mostrou resistência? - abaixou a cabeça, ainda sorrindo - Dois anos, Roberta... Você, realmente, é péssima. - me provocou.

- Vai se foder, Rodolfo! - indaguei.

Realmente uma pena os tiros não terem sido na cabeça dele.

- Deixe-me contar um segredinho, Roberta. - se aproxima de mim, em um tom baixo. - Sarah odeia esse teu jeitinho de vagabunda. - senti a saliva descer seco  na minha garganta, queimando como fogo. - Seu interesse é tão nítido, que te faz a pessoa mais patética do mundo. - aquilo não era verdade.

Ou era (?)

- Isso não é verdade. - Tentei me defender. Meu tom era chateado, e Rodolfo sabia disso.

- Você se humilha para ela, Roberta... - falava. - Você nunca consegue questiona-la. E abaixa a cabeça pra tudo que ela diz... Patética. - sorri, pronunciando a ultima palavra com um sussurro. - E tudo isso é com medo de perder o que ela lhe proporciona. E é ridículo de tão óbvio. - meus olhos marejaram sem a minha vontade. Merda. - A Juliette não era assim. - revirei os olhos ao ouvir pronunciar o nome dela... sempre era ela... sempre havia sido ela... e eu nunca seria igual ela. - Ela se impunha, sabia ter controle da situação. Talvez devesse tentar ser um pouco igual á ela. - Levantou-se e foi em direção ás suas bebidas caras , botando Whisky em uma pequena dose dentro de um copo.

Levantou o copo para mim, oferecendo-me.

- Eu não bebo. E você sabe.

- Que pena, não sabe o que está perdendo. - matou o copo em apenas uma golada.

Obsessed with meOnde histórias criam vida. Descubra agora