Ameaças

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- É um prazer... Juliette.  – eu quase me arrependi de ter estendido a mão pra ele, já que ele levou a mesma em direção a boca dando um suave beijo.

Sorri só de pensar na cara que a Sarah faria, e vou confessar que aquilo era muito prazeroso.

Abri um sorriso para aquele homem enquanto tentava afastar Sarah dos meus pensamentos.

E nesse momento a musica eletrônica para e começa a tocar uma lenta. 

E aquilo era perfeito.

Rodolfo sorriu óbvio estendendo a mão.

- Você tem um cheiro bom. – sussurrou, com a boca bem próxima do meu ouvido enquanto dançávamos.

Um arrepio se estendeu pelo meu corpo assim que o hálito quente da sua boca chocou-se contra meu pescoço.

- Você frequenta essa lugar bastante? – continua sussurrando.

- E você costuma ser assim sempre? – o fitei.

- Não. – sorriu passando a mão por cima da minha cabeça ainda preso a minha, o que me fez dar um pequeno giro. – Só com você – sussurrou assim que nossos corpos voltam a se chocar. E aquilo fez minha boca se abrir levemente enquanto eu prendia o ar. - Eu juro que se eu soubesse que você era tão interessante eu tinha te procurado antes.. – sussurrou novamente no meu ouvido, me deixando cada vez mais arrepiada.

- O que? – perguntei não entendendo o que ele queria dizer.

- É que... – pausa. Ele pareceu pensativo – Eu fiquei te observando bastante, eu acho que eu deveria ter vindo antes. – sorriu.

Pareceu aliviado por ter inventado uma desculpa em tão pouco tempo. E, por mais ridículo que pareceu a mesma, eu fingi acreditar, não queria tornar a conversa mais longa, pois a imagem de como eu ficaria se caso Sarah descobrisse isso estava me atormentando. Eu sei que não era pra eu estar ligando, eu sei que eu prometi curtir até enjoar, mas não dá... Não dá para fingir que nada esta acontecendo, até porque eu sabia o que aconteceria comigo quando eu chegasse em casa.

- Eu... eu tenho que ir agora. – eu queria inventar uma desculpa, mas eu queria evitar perguntas – Mas eu te ligo! – sorri dando o meu aparelho celular  pra ele – Obrigado! – sorri ssim que ele anotou seu número – A gente se vê. - sai, me perdendo entre as pessoa rapidamente.

Eu andava rápido, quanto mais rápido eu saísse desse lugar que me traria muitas consequências, melhor!

- Licença.. – eu falava pras pessoas enquanto tentava chegar a porta.

Eu comecei a andar mais rápido e quando eu percebi, eu já estava correndo. Sorri avistando a pequena porta, e quando eu achei que finalmente estaria fora daqui, sinto meu corpo chocar contra outro, um que, só pelo arrepio que me causou, eu sabia quem era, e aquela tatuagem no centro do seu ombro me fez ter a certeza.

- Indo a algum lugar, querida? – a última palavra esbanjava sarcasmo, mas seu sorriso esbanjava ciúmes.

Eu queria correr e sumir, mas até quando eu ficaria assim? Até quando eu ia demonstrar esse medo?

NÃO SARAH, HOJE NÃO.

- Eu estou indo ao banheiro, querida. – a olhei, deixando o deboche claro na pronuncia da última palavra – Não que isso seja problema seu. – estava séria, tentando desviar seu corpo e fugir para o primeiro lugar que eu pudesse.

E nesse momento ela pegou meu braço, eu não sei o que mais me dava medo: o jeito que ela me olhou, ou o jeito que ela me arrastava, quase literalmente, para um lugar que eu não fazia idéia.

Obsessed with meOnde histórias criam vida. Descubra agora