Entrei desesperada na clinica, com Juliette e o Tomas.- Eu preciso de atendimento moça, é urgente – falei pra recepcionista.
- Deixe os documentos da paciente aqui, pegue uma senha e aguarde. – falou calma como se nada estivesse acontecendo.
- Como assim “aguarde”? – disparei incrédula. – Moça, ela esta desmaiada, pode tá com uma coisa séria.
- Sinto muito, mas a clínica tem regras. Então vocês, como todos os pacientes, terão que aguardar.
- OLHA AQUI. – já gritei – EU PAGO MUITO CARO NESSA PORRA PARA NÃO SER ATENDIDA NA HORA QUE EU QUERO – me alterei fazendo todos me olharem.
- Abaixa o tom senhora, por favor – me fitou.
- “ABAIXA O TOM” É O CARALHO – gritei mais alto – EU QUERO QUE ATENDAM ELA AGORA! – apontei pra Juliette, que estava nos braços do Tomas.
- Se a senhora não se controlar, vamos ter que chamar os seguranças.
- ISSO CHAMA A PORRA DOS SEGURANÇAS, APROVEITA E CHAMA O GERENTE DESSA MERDA – gritei.
- Algum problema? – apareceu Higor, um dos gerentes da clínica.
- FALA PARA ELE QUAL É O PROBLEMA – gritei olhando a recepcionista com sarcasmo.
- Essa senhora não quer se controlar – ela apontou pra mim fazendo um sorriso debochado sair da minha boca.
- A porra do problema é que eu pago essa merda todo mês.. – o fitei – muito caro, por sinal, mas eu pago, e em dia. Então eu tenho direito de ser atendida quando eu preciso, não quando vocês querem.
- Desculpa Srt. Caroline, mas eu não posso fazer nada, é uma regra da clínica e eu não vou quebrar a regra só porque a senhora quer – me fitou.
Nesse momento eu tive vontade de atirar na cara dele, mas eu apenas sorri me segurando pra não fazer isso.
- Se eu fosse você eu pensava melhor, porque você sabe o que eu sou capaz de fazer se acontecer alguma coisa com ela. – sussurrei me aproximando.
- Está me ameaçando Senhorita? – me fitou.
- Por enquanto eu estou só avisando...mas é só por enquanto - arrumei sua gravata irônicamente.
- Eu... eu vou ver se tem alguma sala vazia. – engoliu seco.
- Qual é Higor? – sussurrei com sarcasmo – Acho que você pode melhorar – deixei o sorriso vir.
- Sigam-me, por favor. – olhou pra Juliette e em seguida pra mim.
Pisquei pra recepcionista, que abaixou a cabeça.
VADIA.
- O que ela tem? – falei assim que chegamos a sala.
- A senhora vai ter que esperar lá fora. – falou enquanto colocava as luvas.
- E você acha que eu vou deixar ela aqui? – falei.
- Sarah, por favor – Márcia se intromete.
- Fica na sua Márcia, por favor – falei grossa, mas... educada.
- Ele está fazendo o trabalho dele.
- Prometo que isso vai durar menos que cinco minutos. – Higor me olhou.
Bufei e sai da sala me jogando em um dos bancos do corredor.
- Você não cansa de ser ridículoané? – ela senta ao meu lado.