Savior ~Tom Riddle~

Capitulo trinta e dois

2 de julho de 1978:

O sol estava morno lá fora, fazendo que as sombras das árvores estivessem frias, como se fosse um inverno congelante fora de época.

Alyssa estava sentada na beirada da sua janela, analisando as pessoas que sorriam e cumprimentavam as pessoas andando na calçada.

Já era o segundo dia que estava em casa e uma dorzinha no seu peito a fazia olhar para sua escrivaninha, estava escrevendo uma carta para Regulus, e seus dedos manchados de tinta era a prova viva disso.

Mas eles estavam em seus lábios, a fazendo se lembrar daquele dia e como os lábios quentes e molhados de Regulus a beijou, dos suspiros em seu rosto, ou dos chamados roucos do garoto perto de sua boca.

Suas bochechas ficaram quentes e avermelhadas para todo mundo ver, mas felizmente ninguém estava ali.

Porém, ainda não sabia como se sentia em relação ao Black, ela não sabia o motivo da dor em seu coração, ou do motivo de não conseguir escrever.

Apenas queria esquecer dos momentos que teve com ele, de suas conversas, dos abraços quentes e aconchegantes, e do sorriso.

Sim, daquele sorriso que sempre aparecia em momentos íntimos e indesejados para ela, e não para sua mente.

Ela continuou olhando a rua nada movimentada de seu bairro, da senhora Nora aguando as plantas enquanto observava a rua.

Seus pensamentos voaram como uma borboleta para coletar pólen...

A porta do seu quarto foi aberta e se virou para ver sua mãe, entrando em seu quarto.

Ela a observava como se soubesse de todos os seus segredos mais sórdidos.

_ Está sonhando acordada de novo? - Sentou-se ao seu lado na janela. _ O que está pensando?

_ Não sei. - Estava amuada.

_ Snape? - Alyssa nem a olhou.

_ Ele me beijou. - A mãe sorriu.

Ela sabia como a filha era apaixonada por esse menino que não tirava os olhos dos livros.

_ Mas foi num ato impensado, ele não queria fazer aquilo.

_ Como pode ter tanta certeza?

_ Porque naquele dia ele havia brigado com a menina que ele gostava, bom, ainda gosta. - Revirou os olhos. _ Mesmo ela não falando com ele, eu sei que gosta, a ama, na verdade. - Sorriu triste. _ Chorei muito, mamãe.

_ Você está triste por causa disso? - Pegou a sua mão e a acariciou.

_ Não, acho que estou com medo, medo de estar me apaixonando por outra pessoa.

_ Mas isso não é bom?

_ Se eu estiver, isso quer dizer que o amor que sentia por Severus era apenas algo banal, algo que a minha cabeça achou que seria para sempre durante anos. - Suspirou. _ Me privando de conhecer novas pessoas, de conhecer novos amores. - Compreendeu.

_ E quem é esse novo garoto? O conheço?

_ Sim, Regulus Black. - Sorriu. _ O menino bobo que sempre que via a senhora beijava sua mão e dizia o quanto é bonita. - Ele não mentiu.

A mulher tinha uma pele leitosa e macia, olhos castanhos claros que no sol pareciam verdes, lábios que pareciam um coração cheio e avermelhado, sobrancelhas finas e cabelos pretos ondulados nas pontas.

_ Ah, sim, aquele que é amigo de Snape. Ele me parece um bom garoto. - Mordeu os lábios e falou:

_ O pedi que me beijasse, e mamãe... - A olhou. _ Amei o beijo, de seus lábios colados nos meus. Senti arrepios que fez todo o meu corpo esquentar e me senti excitada só por ele colocar sua mão na minha cintura. - Olhou para as mãos.