cap. XII

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Harry me ajudou com o curativo depois do banho, já estava tarde e todos dormiam, eu estava deitada na cama e Harry sentado na beira da cama observando o mapa do maroto com a luz da varinha.
- Harry vem dormir. - chamo ele me sentando na cama.
- Já tô indo. - ele diz sem desviar o olhar com rispidez.
- Eu fiz alguma coisa?
- Não se faça de sonsa, claro que fez, mas isso é conversa pra depois, pode dormir, não vou agora.
- mas o que exatamente...- Harry corta minha fala
- Eu disse depois!! - Harry fala agora com mais raiva.

Me deito do outro lado da cama e tento lembrar qual foi a merda que eu fiz.

CLARO!! mas que burra e estúpida você é S/n!!!

Eu chamei Harry de pobre coitado sem pais e louco, claro que ele tá furioso comigo.

Harry se deitou um tempo depois, não consegui dormir a noite toda, me movimente mais que o normal o que acabou acordando Harry.
- Fica quieta por favor. - Harry fala com a voz rouca de sono com os olhos ainda fechados, o que me fez ficar com borboletas.
- Não consigo dormir.
- Vou me arrepender de perguntar, mas porquê?
- A gente pode conversar? Eu falei no calor do momento, eu não quis dizer aquilo. - disparei antes que ele me cortasse tentando falar baixo para não acordar ninguém.
- Amanhã, por favor.
- Claro.
Harry me puxou pela cintura e me colou deitada no peito dele me fazendo cafuné.
- Eu sei que você tava brava, mas você fala coisas que realmente machucam quando você tá assim - Consegui ouvir o coração de Harry bater mais rápido.
- Eu sei.
- Amanhã conversamos, tivemos um dia longo, durma.

E assim eu fiz, adormeci profundamente no peito de Harry.

Acordo com Harry me chamando, ele já estava de pé e vestido, era cedo, o sol estava começando a entrar pela janela.
- S/n, acorde.
- Por que tão cedo? - resmungo cobrindo minha cabeça com a coberta.
- Quer que os professores vejam um pontinho verde saindo da comunal da grifinoria? - Harry puxa a coberta pra baixo me fazendo resmungar de novo.

Me levanto e pego meu uniforme.
- Por que você não vai voltar a dormir ?
- Você quer conversar certo?
Faço que sim com a cabeça e vou me vestir no banheiro.

Saímos de lá em completo silêncio, nos sentamos em um banco em corredor qualquer, já que era muito cedo não tinha ninguém além de nós andando pelos corredores.
Eu olhava para Harry, esperando que ele falasse algo, como ele não disse, eu falei:
- Você sabe que foi no calor do momento, né?
- Eu sei. - Harry responde calmo
- Então porque está bravo? Se sabe que foi apenas da boca pra fora - pergunto confusa
- Porque ainda não te ouvi pedir desculpas, e não muda o que ouvi.
- Desculpas.
- Como sei que não é da boca pra fora? Quem me garante que não vai repetir isso? - Harry me pergunta realmente tentando entender.
- Porque eu vou tentar, e com você é diferente, não quero te chatear mais.
- Tentar não fazer mais isso... Eu só... só odeio esse seu lado, e odeio mais ainda não te odiar agora, por isso, de falar essas coisas.
Confirmei com a cabeça.
- Estamos bem?
- Claro princesa. - ele me dá um abraço lateral.
- Eu não sou princesa.
- Tecnicamente, você...

Faço Harry se calar com um beijo rápido, mesmo que estivéssemos resolvidos sentia que algo ainda pendia ali, e nada melhor do que o físico para resolver isso. Ele se levantou me puxando, Harry me colocou contra a parede e começou a me beijar como se estivesse esperando por aquilo há meses (nossa como Harry beijava bem!!), suas mãos passeavam pelo meu corpo, percorriam minha espinha me fazendo arrepiar, enquanto eu passava as mãos pela nuca de Harry dando um leve puxão de cabelo. Sinto ele sorrir, e, pela força do hábito, coloco minha perna entre as suas e jogo meus braços em seus ombros, colando nossos corpos. Ele me agarra pela cintura e com a outra mão segura minha coxa subindo para minha bunda (uma vibe tango e afins).

Por algum diabo, Snape aparece na escada e nos pega daquele jeito.
-Mas que pouca vergonha é essa??? - Ele se aproxima e sua capa voa, logo ele nos puxa pelo braço nos afastando.
-Prof... e-er... -começo a gaguejar pensando em alguma desculpa boa, embora não desse para esconder aquilo.
-Tinha que ser a filha do Sirius... - ele diz com cara de superioridade.
- Como é que é? ô cabelo de esfregão?? - pergunto com raiva, ele podia estar certo como fosse a respeito de meu pai mas não tinha o direito de me tratar daquela forma, já estava cansada de seu showzinho de sempre e dessa vez ia revidar.
-S/n do céu... -falou Harry, baixo o suficiente para somente eu ouvir.
-Você não tem amor à vida, não menina?? Sabe que pode ser expulsa por isso, né??
-Na real não tenho tanto, mas vá em frente, diga a Dumbledore que quer expulsar uma aluna de sua própria casa por causa de um simples flerte e alguns beijos.
-Você é muito insubordinada mesmo... - antes que Snape terminasse de falar o sinal toca e mais pessoas aparecem em direção ao salão principal para o café da manhã, ele só me olha de relance e conclui - Depois de minha aula fique na sala, temos muito a resolver.
- Digo o mesmo - o-encaro e pego Harry pela mão para sairmos dali.

Fora de vista do Professor, Harry me faz parar.

-O que foi aquilo?? Enlouqueceu foi? É o Snape cara, ninguém fala assim com ele!
- Eu sei lá, quando vi já tinha soltado e não podia perder a pose. Além disso, aquele cara nunca me dá sossego, hora ou outra isso ia rolar, pelo menos foi por um bom motivo. - Falo isso e penso no quão bom tinha sido aquela pegada. Na mesma hora me arrependo de ter dito em voz alta já que Harry me lança um sorriso malicioso acompanhado de um levantar de sombrancelhas. Balanço a cabeça e ele ri atrás de mim.

Seguimos para o salão e cada um vai para sua mesa. Me aproximo do pessoal da sonserina e me sento entre Draco e Maven.

-Eae S/n, não te vi em lugar nenhum ontem, por onde andou? -pergunta Draco.
-Oi malfoy, estive por aí com Hermione, sabe, estudando...
-Umhum...
- Que que é hein? Não gostei desse tom.
-Nada ue, só vi que é um péssima mentirosa, vi Rony passando com Hermione umas 3 vezes.
-E daí? Não é da sua conta, estava me procurando por acaso pra querer saber onde eu estava?
-Sim...???? Você está indo bem em transfiguração e preciso de ajuda para estudar.
-Desde quando você pede ajuda?
-Desde que eu fui mal na prova da Mcgonagall e tô necessitado de ponto, se meu pai pega eu tô ferrado, tô apelando até pra você. Pode me ajudar ou vai ser difícil?
-Ai, tá bom, mas quero algo em troca.
-Lá vem...
-Vai me ajudar com o Snape hoje, ele me pediu para ficar na sua sala depois do horário é não tô a fim de morrer agora, então passa lá uns 30m depois e vem me buscar, sei que ele gosta de você então não vai reclamar.
- Tá bom vai, mas se ele se estressar não vou insistir.

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toxic heart - Harry e S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora