Capítulo 1 - Marcados

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O nome dele estava crava do em mim desde que nasci. A sina me perseguiria aonde quer que eu fosse, pra onde quer que eu corra. Ele estava em mim... Completamente em mim.

Brit: você vai ter que se casar com ele, Barb. Não há uma escolha, muito menos escapatória. Você casará, e quando chegar a hora, deixará que ele te toque. E cumprirá seus deveres de esposa, me entendeu?

A voz de minha mãe ecoava por minha mente enquanto eu observava salão a adentro. A porta da igreja estava entreaberta, e eu atrás dela vestida de noiva. Não importa como fosse, eu poderia me casar com ele, mais me tocar ele jamais iria. Quem ele era? E como ele era? Seria magro, gordinho, alto, baixo? Tenho certeza que horripilante de qualquer modo... Alguém capaz de se submeter a algo dessa sanidade deveria ser totalmente sem escrúpulos.

A valsa nupcial se iniciou, e com repulsa peguei no braço de meu Pai. O véu em meu rosto era o meu melhor refugio. Enquanto as lembranças passavam por minha memória... Meu ex namorado, Mike... Minhas melhores amigas... Tudo deixado para trás. Tudo por ele... Eu tentei fugir, mais não foi com sucesso. Tentei resistir, mais eu não era forte o bastante. Ele chamava por meu nome, querendo sempre me enfiar em seu destino... Mesmo sem mesmo me conhecer.

Porque meu pai fazia isso comigo? Porque eu tinha me casar com um Sprouse? 

Simples... Por dinheiro. Havia uma empresa, e sete chefes majoritários. Meu pai Martin, Matthew Sprouse e mais cinco. Ambos eram os maiores, e se não arrumassem amplo acordo urgente, a empresa seria dividida em sete partes iguais. Ou seja, o poder Palvin Sprouse já não mais existiria. E foi ai que veio a mente de Matthew e meu pai juntarem o útil ao agradável... Matthew tinha um filho mais novo que não fora capaz de se casar. Era irresponsável e precisava de limites. Meu pai, tinha uma linda e virginal filha de dezessete anos que não podia se opor ao casamento. Era o plano perfeito... E foi executado. Era tudo um repulsivo e nojento contrato.

Tentei afastar aquela idéia enquanto marchava para o altar. Com o olhar baixo, a tristeza me remoendo no peito... A dor, a solidão...

Tudo acabou, e meu pai estendeu meu braço em direção às mãos dele. Eu não era capaz de olhá-lo, mantinha minha cabeça baixa, as lágrimas dominando meus olhos... Meu coração sendo dilacerado aos poucos. Todos me olhavam, as lágrimas caindo por baixo do véu, me escondendo da dura realidade... Eu vi suas mãos. E minha vontade foi de berrar.

A toquei, e meu coração parou por um segundo. Devagar, meu olhar caminhou até o rosto angelical do homem a minha frente.

Ele vestia um terno negro, ao contrário dos noivos convencionais. E em seu bolso havia uma rosa vermelha escura... Como sangue. Seus olhos eram verdes e gritantes, maravilhosos... Sua boca era levemente rosada... Seus cabelos dourados... Sua expressão gélida, traços maravilhosos e tristes. Incrivelmente alto. A personificação de Deus... 
Puxou-me para seu lado, sem sequer depositar o famoso beijo em minhas mãos. Encaramo-nos, antes de olháramos para o padre... Mais que diabos era isso? Eu arfava... Meu coração estava a pulos. Eu tinha que olhá-lo novamente. 

Eu teria que me casar, seja por bem, seja por mal. Mais será que meu pai não poderia ter arranjado um noivo menos MARAVILHOSO? Seria terminantemente difícil resistir ao charme de Dylan Sprouse... Aquele que deveria ser o meu inferno. O padre falava, e falava e falava... Minhas pernas bambeavam, enquanto meu cérebro não conseguia sintonizar. 

Seria isso um castigo meu Deus? Eu estava mesmo pagando por todos meus pecados... 

DYLAN POV 

Porque aquela garota tinha que chorar? Eu detestava fazer crianças chorarem... Para mim, ela era uma criança... Dezessete anos. Tcs, tcs. 

Martin ou Matthew? Qual era o maior carrasco dessa vez? Eu disse a eles que não precisava ser ela... Mais Matthew me deu apenas duas alternativas. 

Matthew: Martin tem duas filhas. Barbara de dezessete, ou Brenda de doze. Quem você escolhe?

NENHUMA! Curto e grosso. Mais era meu dever... Simplesmente não tinha como escapar. 

Padre: Dylan Sprouse, você aceita Barbara Palvin como sua legitima esposa? Para amá-la e respeitá-la durante toda eternidade? – era a frase que eu mais temia em toda minha vida. Mais todo aquele contrato não era nada sem a minha assinatura.

Dylan: Sim. – ela me encarou. Pude sentir seu olhar contra minha pele... Por baixo daquele véu. Eu não podia vê-la. Com certeza, deveria ser bem desapropriada. Feia, em uma linguagem mais clara. Não que isso me importasse, não estava nos meus planos beijá-la, muito menos tocá-la. 
Era como se o nome dela estivesse marcado em minha pele... E isso me dava repulsa. 

Padre: Barbara Palvin, você aceita Dylan Sprouse como seu legitimo esposo? Para amá-lo e respeitá-lo durante toda eternidade? – eu não queria ser respeitado. E uma coisa que eu sabia que não seria nunca era amado. 

Barbara: Sim. – havia algo em sua voz. Algo que ia além de minha compreensão. Talvez dor? 

Padre: eu vos declaro marido e mulher. – nós ficamos de pé. – pode beijar a noiva. 

A igreja toda parou. Nem todos sabiam sobre o contrato. Eles achavam que nós estávamos nos casando por pura vontade. Mais não... Livre e espontânea pressão.

O que eu iria fazer Deus? Só havia uma coisa a fazer, beijar a noiva.

Dylan: Ok... – murmurei bem pertinho dela. Ela matinha as mãos abaixadas, e quando me aproximei para puxar-lhe o véu, ela as ergueu um pouco, apoiando-as em meus braços. 

Barbara: não faça isso... – pediu-me. – por favor... 

Por um momento, senti uma profunda tristeza por parte dela, mais ao olhar para todos os convidados que aguardavam o momento desde o inicio da cerimônia, me senti pior ainda. 

Dylan: desculpe... Eu preciso. – ergui o véu, e assim que o fiz, tive uma imensa surpresa. 

Eram os olhos azuis mais lindos que eu já tinha encarado. Brilhavam. Tinham medo. Tinham desespero. Tinham como dona uma linda menina. 
Suas faces coradas, as lágrimas por todo seu rosto. Seus belos cabelos castanhos, escondidos sobre o véu. Não houve como resistir, foi arrancado. A dama de honra se encarregou dele. Os cabelos dela caíram em cascata por suas costas. Foi ai que observei o vestido. Branco, simbolizando a pureza. Seria ela mesmo pura? Longo, e brilhante. Bordado a mão. Não havia alças, ela tinha os ombros de fora. Delicados, assim como os seios, apertados num espartilho rendado, criando um leve volume. Lindo. 

Ela me olhava, não desviava o olhar. Como se eu fosse o centro do universo. Aproximei-me mais... E mais... Até lembrar. Ela não era minha mulher. Nem nunca seria. Desviei a rota, e lhe beijei a testa. Ficando a deriva... Desejei por um segundo beijar-lhe aqueles belos lábios. Aqueles, que ela passou a língua em uma forma nervosa no segundo seguinte.

A igreja explodiu em aplausos. 

Estava feito, agora Barbara Palvin era minha.

Estávamos marcados.
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Continua...
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Hey, como vcs estão?🙃👍

marcados pelo casamento ~ adaptação DarbaraOnde histórias criam vida. Descubra agora