Capítulo 15 - A Briga e a Vitória

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Eu tinha acabado de chegar da escola, e Tabatta ainda estava lá.

Tabatta: é sempre assim, Barb. - ela me dizia enquanto almoçava - ninguém nunca vem atrás de mim.

Eu estava parada atrás dela, penteando seus cabelos cumpridos. Dylan estava ao meu lado, com a mão no bolso. Ele deu só uma passadinha pra nos ver...

B: Ai que barbaridade... - murmurei entre dentes. O olhar de Dylan foi perseguidor - não se preocupe, querida... Você gostaria de vir morar conosco?

Ela se virou rápido, e me olhou com uma expressão totalmente desacreditada.

Tabatta: se ta falando sério? - disse com a boca cheia... Dylan e eu acenamos - sim, eu gostaria. - gaguejou.

E foi assim que fechamos. À tarde, Dylan tinha uma reunião, e fiquei de levar Tabatta pra escola. Quem sabe lá, a vagabunda tenha pelo menos passado... Mas na verdade, eu não iria até a escola.

B: Querida... – falei baixinho, quando ela viu o detetive Travers, a doutora Joan que agora era minha advogada, e o representante do conselho tutelar, Can. Doutra Joan era loira e baixa, sorridente, e simpática. Já Can era alto, tinha uma bonita pele negra, e uma postura de lutador de Box. Totalmente intimidador... Assim que era bom. – você não vai poder contar nada disso pro papai, entendeu? É nosso segredo...

Se Dylan soubesse que eu iria entrar num bairro tão perigoso, era capaz de eu não ver o dia nascer novamente. Ele iria me encarcerar...

Tabatta: prometo Barb. – falou enquanto eu terminava de arrumar o vestido que eu tinha acabado de comprar.

Eu sabia que não seria fácil. Seria uma batalha terrível contra a mãe dessa menina. Mais eu tinha consciência que ela não o faria por amor, e sim por dinheiro.

Quando lá chegamos, ela atendeu a porta olhando para mim diretamente.

Kelly: Ah, então você está ai? – ela puxou Tabatta do meu lado brutalmente. – o que você pensa que é pra desaparecer por uma noite, garota? Eu não posso perder você, entendeu?

O aperto dela no braço de Tabatta era forte.

B: Solta ela!

O olhar dela veio em direção a mim, e me mediu de cima a baixo agora, percebendo que comigo estavam três representantes da lei.

Kelly: e quem é você? – ela encostou-se ao batente da porta, com Tabatta logo atrás de si.

B: Barbara Sprouse. – o olhar de deboche dela se transformou.

Kelly: Sprouse? – ela riu entre dentes – Dylan te mandou aqui, não foi? – agora ela olhou pra Tabatta – ENTÃO VOCÊ ESTAVA COM ELE, NÃO É? – Tabatta recuou uns passos. – vamos conversar mais tarde, mocinha.

B: não, Dylan nem sabe que estou aqui... Mas de qualquer forma... – empurrei o braço dela, e entrei na casa olhando em volta. Não era uma casa acolhedora, era um lugar medonho. Não por ser humilde, e sim por ser... Estranho. – estou aqui pra levar Tabatta comigo.

Kelly: Ah, e quem você pensa que é pra levar a minha filha de mim? – agora ela gritava, e me olhava enraivecida. Vi Can dar um passo em nossa direção, mais ela continuou na mesma postura.

B: sou a esposa de Dylan. Ele é o pai, e pelo que eu sei você nem dá a mínima pra garota você apenas... É UMA VAGABUNDA. – escutei a doutora Joan pigarrear.

Kelly: esposa do Dylan? – ela cruzou os braços rindo ironicamente – então agora ele virou pedófilo, é? Quantos anos você tem? Quatorze? Eu sempre soube que ele não prestava...

marcados pelo casamento ~ adaptação DarbaraOnde histórias criam vida. Descubra agora