Capítulo 13 - Encontrada

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Eu estava voando?

Se não era isso, era algo parecidíssimo. Acordei na cama dele, como me era de costume a uns dias... Mais com uma diferença; eu estava nua.

Tateei a cama em busca de algum sinal dele, mas Dylan não estava ali. O sol entrava pela janela fortemente, forçando meus olhos em direção a seus raios fortes.

Deveria ser umas onze, talvez meio dia. Droga! A escola... Perdi a aula!

Me sentei, e me deparei com o espelho do teto escrito com batom vermelho...

“Bom dia, senhora Sprouse.
Eu te amo”.

Eu ri comigo mesma, e depois de uns segundos encarando o teto e pensando como ele conseguira escrever ali, me pus de pé e senti tudo doer.

Suspirei. Ardeu, e minhas pernas tinham dificuldade em ficar fechadas. Eu ri sozinha, ele ia me pagar! Tinha me aleijado!

Me arrastei até o banheiro sentindo uma dor que vinha de dentro, literalmente. E quando lá cheguei, o espelho do banheiro, escrito com o mesmo batom, ele me deixara outro recado.

“Espero que não fique chateada comigo.
Não tive coragem de te acordar de manhã, você me parecia tão doce dormindo...
Tive que ir trabalhar, mais quero que saiba que daria tudo pra estar com você.
Comprei uma coisinha pra você, espero que use-a agora mesmo, e depois me ligue pra dizer o resultado.
Preciso repetir que te amo?
Eu te amo,
Dylan”.

Sorri, e olhei abaixo do espelho.

Havia um embrulhinho vermelho,e envolto numa fita de presente azul. Apanhei curiosa, e desfiz o embrulho retangular com cuidado. Eu ri alto quando vi do que se tratava. Será possível? Um teste de gravidez.

No mesmo instante, percebi o que aquilo significava. Eu tinha dezessete anos, estava casada com um homem maravilhoso e que eu amava imensamente. Eu tinha tudo de bom na vida, e agora, eu era de fato, uma mulher.

Tão mulher, que eu podia estar grávida.

Como aquilo soou irônico! Se a alguns meses alguém me dissesse que eu podia estar grávida, provavelmente eu entraria em pânico profundo!

Mas agora, estando casada e “pronta” pra ter um bebê, não me parecia uma idéia ruim, mesmo sabendo que NÃO ERA A HORA pra rolar. Mas se fosse, viria e seria bem recebido.

Pela fita azul, julguei que Dylan preferiria um menino. Lavei o rosto, sem ir ao banheiro. Deveria ser realizado com o primeiro xixi do dia. Tomei um banho segurando o máximo que pude o xixi, e sai rápido, correndo pra fazer o teste.

Coloquei no meu xixi, e assim que começou o momento de “espera”, sem ver o resultado, o coloquei na caixinha de volta, e corri pra escrever um bilhete.

Assim que o escrevi, embrulhei o pacotinho, e entreguei a Pierre.

B: entregue a Dylan na empresa, diga a ele que é muito importante que receba rápido! Pelo amor de Deus, NÃO PERDE! - ele assentiu, e apanhou o embrulho e o bilhete. - nas mãos dele, heim!

Pierre: pode deixar senhora, vai estar nas mãos dele daqui a vinte minutos! - ele saiu rápido, e eu fiquei ali, com o coração na boca. Fora no mínimo um sacrifício pra mim fazer aquilo, sem ver o resultado.

Voltei para dentro de casa, comi alguma coisa, e vi Marie vir em minha direção.

Marie: senhora, telefone pra você. - ela me estendeu o fone, e feliz, pensei que era Dylan.

Travers: senhora Sprouse?

B: Quem fala? - eu quase cai da cadeira ao ouvir a voz do homem do outro lado. Que voz macabra! Não era aquela coisa bela e sensual que eu esperava.

marcados pelo casamento ~ adaptação DarbaraOnde histórias criam vida. Descubra agora