Capítulo 2 - Meu Verdadeiro Eu.

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Nojo.

Deveria ser esse meu sentimento oculto por Dylan Sprouse. Puramente asco. Mais meus olhos enxergavam mais do que a certeza... A forma na qual ele agia, cavalheiramente, agradando a todos os convidados, sendo gentil com minha família que o tratava de forma tão falsa; 

A mim cabia a posição de noiva feliz... Observei em volta. Era a festa mais linda que eu já tinha visto, porem tudo não passava de uma farsa... Cada pedacinho; pessoas bonitas, porem falsas. Convidados felizes, que invejavam. Família feliz que não se conhecia... Noivos novos, que não se amavam. 

A vergonha me dominou. Dylan caminhava em minha direção após um longo momento afastado de mim. A festa era no imenso jardim da mansão de Matthew Sprouse.

Dylan flutuava com o vento conforme se aproximava, com os cabelos dourados brilhando com o sol, os olhos verdes me encarando como se estivessem prontos para seduzir... A camisa social erguida nas mangas pelo calor que fazia... Sua altura elegante, sua presença que me atormentava.
Eu me sentia estranha. Nua aos olhos dele... Dylan me fuzilava como se visse por baixo das rendas francesas de meu vestido... Desejando? 

Dylan: acho que minha esposa poderia me conceder uma dança. – parou em minha frente, sem deixar de me olhar. Pisquei varias vezes cruzando os braços sobre o peito. Ele me encarava, eu podia jurar que por trás daquela expressão séria existia um sorriso... Um sorriso pronto para ver meu delírio.

Barbara: não sei dançar. – minha voz saiu fraca, porém decidida. Eu estava pronta para confrontá-lo. Mostrar para meu ‘marido’ quem eu realmente era. 

Dylan: não é um pedido... – os olhos de Dylan afundaram-se nos meus. Ele se aproximou cada segundo mais. – você entende não é? São as circunstâncias. 

Eu estava entregue aos olhos verdes e maravilhosos... Lutei contra as mãos dele, mais vi câmeras explodindo em flash em nossa direção. Fotos do casal feliz. Até nisso eles erraram... Até nisso a falsidade era mutua. 

Caminhei com ele até a pista, onde todos dançavam. A musica ficou lenta de repente, e senti Dylan me puxar contra si. Eu arfei, suas mãos delicadas deslizaram-se contra meu braço cruzado sobre meu peito, até chegarem as minhas palmas. Ele as separou, cuidadosamente... Confabulando um modo talvez, de não tocar em meus seios que quase pulavam para fora do decote conforme meu peito subia e descia acompanhado o ritmo maluco de minha respiração. 

Começamos num ritmo lento... Até todos pararam para nos olhar. Eu mantinha meus olhos nos dele. Sempre... Mordi o lábio quando pisei em seu pé e ele apertou os olhos.

Barbara: eu disse que não sabia dançar. – murmurei duramente. 

Dylan: não doeu. – comentou me encarando direto nos olhos – isso foi bem pior. – naquele exato momento mordi o lábio, e notei sobre o que ele falava. Mordi o lábio mais lentamente, olhando para o chão. – não me provoca Barbara... Eu não quero fazer algo no qual tenho direito, mais posso me arrepender.

Estávamos jogando? Terrível... A sensação quando aquelas palavras murmuradas por Dylan penetraram em meu cérebro. 

Barbara: você não tem direito algum. – murmurei para ele – eu sou sua no papel. Mais nunca seria de verdade... Nunca. – o sorriso dele foi fraco, porém convincente. Ele nada me respondeu...

Eu apenas forcei meus olhos a se fecharem, e não pude evitar ver cenas em minha mente. Ver cenas que apenas imaginei... Que apenas li, que nunca experimentei. Aqueles homens de livros franceses, aquela amantes ardentes que se entregavam de forma apaixonada. Eu imaginei Dylan como um deles, másculo, delicioso... E me imaginei como um nada. Eu não era nada perto dele... Eu não podia imagina a cena.

marcados pelo casamento ~ adaptação DarbaraOnde histórias criam vida. Descubra agora