Poesias em azul e cinza

3- Olá eu

"Aonde está aquilo que procuramos
diga-me onde e o que podemos fazer
você se perde no sufoco dos poços fundos em que se encontra

Agora me pergunto a que rumo vamos ter
acabar com essa visões parece impossível
mas você insiste em desaparecer

Eu me sinto tão sozinho mas sei que é culpa minha
deveria ter um espaçamento mínimo entre a depressão e eu
é incrível ainda me sentir em tantos pedaços

estou meio sem forças pra forçar o entendimento de andar
estou perdido na mente
e pouca gente me entende aqui

Hoje as mentiras são água no corpo das pessoas
eu já arrisquei acreditar na estrada que não era minha
e me perdi no infinito de estrelas hostis

Eu cultivo lágrimas e as minhas florescem demais
a escuridão as rega em campo minado de indecisões
alcançando meu fim em poucas excursões

Indo embora da estação no próximo trem da solidão
serei feliz
o regresso de meu melhor amigo perdido
não me deixa mais tao contente

Sou um diamante desprezado
a multidão que me cerca não é suficiente
para acalmar a solidão que se eleva

Aflito eu prossigo,depressivo e preocupado
às vezes que sorri era melhor não ter tentado
sem freios prossigo pelo campo minado

Desalmado aquele que não tem medo do passado
mãe eu sinto muito, eu tentei mesmo
sou um fracasso ambulante

Continuei tentando mas só falhei
perdido na esperança do acerto eu caí
tão distante, se tivesse algo
algum sonho que me mandasse para longe desse pesadelo

Faria tudo para poder respirar de novo algum dia
espinhos ao redor do coração
entendo sua preocupação mas não há nada para fazer agora

Estamos perdidos em campos de punição intermináveis
é triste a ausência do sorriso
em compensação, nenhuma lágrima falta

Não preciso de sua piedade
quero que morra e me abandone de vez
não ouse chorar pois voce é o motivo de eu não estar aqui"

Vou repetir essas palavras no espelho
até que algo pareça fazer mais sentido
até que me perca em terra e volte a partir.

Adeus

- Alex