3: O jardim

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Marina narrando:

Estou tomando meu café, enquanto minha mãe está fazendo o dela.

Quando aquele embuste chega, ele deu um beijo nela. E se sentou na mesa.

Começou a se servir.

Eles ficaram conversando sobre trabalho, eu nem prestei atenção no que eles falavam.

Observei um quadro, que mandei mamãe comprar.

Ela no começo não gostou, mas eu sim.

O artista expressa seu sentimento nesse quadro, retrata dor, angustia e medo.

E aquilo me tocou de um jeito que nem sei explicar.

Lembro-me quando ela disse que meus gostos são estranhos.

Na verdade, meus gostos são peculiares...

Quando sinto que alguém colocou a mão em minha perna ?

Olhei para ele que deu um sorriso malicioso.

Cravei minhas unhas em sua mão, vi que ele expressou dor e tirou rapidamente sua mão.

Mãe: O que houve com sua mão ?

Vi que meu padrasto me olhava com ódio e raiva.

Padrasto: Não foi nada mulher, eu machuquei trabalhando.

Mãe: Vou pegar o kit de primeiros socorros. Saiu rapidamente da mesa.

Padrasto: Da próxima vez que você fazer isso, você vai se ver comigo.

Eu iria falar algo, quando ela chegou com o "kit".

Enfaixou a mão e voltou a comer.

Eu já havia terminado, então me retirei da mesa.

Fui para meu quarto, tranquei a porta.

Vi que minha perna está com marcas de sangue, daquele nojento.

Entrei no banheiro, lavei minha perna enxuguei com uma toalha.

Abri a janela, olhei para a rua e avistei o carro da minha mãe saindo da garagem, com "o marido dela".

Eles saíram, desci a escada que fica embaixo da janela.

Caminhei até o jardim, eu amo flores.

Cheguei no "jardim encantado" (é assim que eu o chamo).

Vi várias borboletas, cada uma de uma cor.

Reguei as flores, como amo esse cheiro.

Estou descalço para sentir à terra em meus pés.

Começou a chover, me deitei sem se importar se eu vou ficar suja.

Sinto que estou sendo observada, olhei para os lados e não vi ninguém.

O jardim da minha casa fica ao lado da floresta. Olhei para lá e juro ter visto um par de olhos me olhando.

Pisquei duas vezes, isso não pode ser real.

Eu ouvi boatos que ninguém mora dentro dessa mata. Mamãe foi a única que quis morar ao lado de um bosque.

Os boatos dizem ser assombrado, quem entra lá nunca mais volta, acreditam que o bosque come as pessoas e suas almas.

Eu não acredito nisso, é só boatos de pessoas que não tem o que fazer...

Continua...

Meus Protetores (Em breve)Onde histórias criam vida. Descubra agora