6: O pesadelo de Leon

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Leon narrando:

Sonhei que estou na minha forma de animal, estou sentindo que ela está em perigo. Escuto seus gritos de socorro.

Vejo alguém encima dela, vou para cima do homem, que acaba desmaiando por bater a cabeça em uma pedra.

Olhou para ela que está encolhida em seu canto. Vi que está chorando, me aproximo dela, que não se assusta com minha presença.

Comecei a lamber seu rosto, a moça olha atentamente para mim e da um sorriso. Meu animal vê que em seus olhos a tristeza.

A vejo levantando seu braço e passado a mão em meu pelo. Não consigo ver seu rosto, apenas seus olhos e sua boca.

Noto em seu reflexo em seu olhar, um homem com a mão na cabeça, olhando para nós, ele está segurando um graveto pontudo.

Fico atento ao seu movimento, ele joga o graveto para acertar em mim. Mas sinto que alguém se jogou na minha frente, abro meus olhos e reparo que ela está morta.

Sinto meu animal ficar triste com a morte da minha companheira. Passo minhas garras em meu peito para tirar aquela dor, não sem antes ir para cima dele e arrancar sua cabeça fora.

Volto minha forma humana e grito "Não", choro por ela me salvar, assim como salvei ela desse monstro.

Estou sendo chacoalhado, abro meus olhos, dou de cara com Breno e Edgar.

Breno: Teve mais um pesadelo com ela né ? Nós dois também tivemos.

Eu: Sim, e como se eu sentisse que ela estivesse em perigo.

Breno e Edgar: Nós também. Disseram juntos.

Eu: E se a moça do nosso sonho, for a mesma para os três ?

Breno: Bem pensado, mas não sabemos se é a mesma garota.

Edgar ficou calado observando tudo, como se pensasse em algo.

Eu: Edgar porque você está tão calado ?

Edgar sempre foi o mais calado de nós, ele observa tudo ao seu redor.

Edgar: Estou pensando em uma possibilidade aqui, mas eu concordo com o Breno.

Eu: Que possibilidade ?

Edgar: E se esse sonho for um aviso, de que a garota realmente esteja em perigo ?

Olhamos uns para os outros, faz sentido...

Eu: Bom, não sabemos se ela está mesmo em perigo.

Breno: E verdade, não sabemos se ela corre perigo.

[...]

De nós três, eu sou o mais carinhoso,
sentimental é o romântico.

Já o Breno sempre foi mais durão entre nós, muito fechado, parece uma pedra que usa sempre uma armadura, sempre foi vingativo. Eu não o julgo, eu sei o que ele passou para se tornar assim.

Já o Edgar é abobalhado, muito observador e calado, carinhoso com uma mistura de grudento e romântico.

Amo eles como se fosse meus irmãos, não de sangue. Mais sim, de coração.

Temos uma amizade muito boa, apesar das brigas, mas quem nunca brigou não é ?

Brigamos pela torta de morango que Breno fez. Só restou a última fatia, ficamos brigando feito cão e gato.

Mas já fizemos as pazes, Breno diz que nós parecemos crianças de cinco anos fazendo birra.

Eu só aprendi a lutar, porque Edgar me ensinou. Eu dou ótimos golpes.

Edgar é o "mestre das lutas"assim diz ele né, mais realmente é.

[...]

Agora estou tirando do forno bolo de chocolate com cenoura e uma torta de frango.

Breno e Edgar entraram na cozinha...

Breno: O que o chefe está preparando ? Passou a língua entre os lábios.

Eu: Bolo de chocolate com cenoura e torta de frango.

Edgar: Eu quero os dois. Pegou um prato.

Eu: Esperem esfriar, acabei de tirar do forno.

Breno e Edgar: Não tem como comer agora não ? Falaram juntos.

Eu: Não, vocês não ouviram o que eu disse ? Está muito quente.

Breno: Ouvi sim, mas ignorei.

Eu: Vocês dois deve ter um buraco negro, não é possível, acabaram de comer e já estão com fome.

Edgar: Amo comer, será que já posso comer ?

Revirei os olhos.

Eu: Não, quero saber quem vai me ajudar a lavar a louça ?

Breno: Eu vou

Edgar: Vou caminhar um pouco. Coçou a cabeça é deu um leve sorriso.

Eu: Tá! Bom então né...

O que estão achando da história ?

Continua...

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