••10••

1.3K 177 100
                                    

                                           S/n:

Acordei escutando batidas na minha porta.

Droga, eu deveria estar super atrasada.

Me levantei da cama e abri as cortinas.

O sol ainda nem tinha nascido, que estranho.

Me arrumei na velocidade da luz e fui abrir a porta.

— Molly? — perguntei ao ver minha irmã extremamente arrumada. — O que está fazendo acordada uma hora dessas?

— O rei Luna chega hoje com Corin. — disse ela. — Como estou?

— Você está louca, o sol ainda nem nasceu. E nem sabemos de que horas chegam.

— Chegarão no início da manhã e daqui a pouco o sol já vai estar aqui. Vim te acordar porque imagino que Edmundo queira você no quarto dele mais cedo.

— Enfim, obrigada por me acordar, Edmundo me mataria se eu me atrasasse hoje. Agora deixe eu ir. Não saia desse castelo antes do sol nascer, é perigoso.

— Tá tá, disso eu já sei. Boa sorte irmãzinha, até mais tarde.

— Até. Fique de olho nos nossos irmãos, não deixe eles se meterem em problemas.

— Pode deixar.

— E se cuida.

— Tá.

Acenei e fui para o quarto de Edmundo.

Quando cheguei, a porta estava aberta. Dei uma espiada e vi que Edmundo estava sem camisa. Ótima hora pra chegar hein S/n?

Até que ele era fortinho. Mas isso não vem ao caso, é ridículo.

Assim que vestiu uma blusa, bati na porta.

— Posso entrar? — perguntei.

— Entra. — respondeu ele.

Entrei olhando para baixo se não eu começaria a rir pelo que vi segundos atrás.

— Que milagre já estar aqui tão cedo. — disse ele enquanto colocava adereços.

— Minha irmã mais nova me acordou. — falei e segurei meu riso. — Ela está muito empolgada com a chegada de Corin. — falei e coloquei minha mão na boca e tossi para não rir.

— Quem sabe ela não cai nas graças dele não é? — disse e quase soltei um riso. — Por que está segurando o riso desde que entrou aqui?

— Eu não estou. — falei e forcei uma tosse.

— Viu alguma coisa engraçada?

— Você é bem esquisito sabia?

— Por que? — perguntou e olhou nos meus olhos. — Há quanto tempo estava na porta?

— Assim que cheguei bati na porta.

— Só bateu quando vesti minha blusa.

— Mera coincidência.

— Então por que sou esquisito?

— O seu pé é muito feio, é só isso. — falei e olhei para o pé dele. Não era feio, mas também não era bonito.

— Ninguém nunca disse isso dos meus pés. Agora para de olhar pra eles.

Assenti e comecei a andar pelo quarto.

Tinha uma parede cheia de espadas, eu nunca tinha notado.

— Pra que isso tudo? — perguntei me referindo as espadas.

— Cada espada foi uma guerra que participei.

— Imagino quantos morreram por causa dessas coisas.

— Até quando vai me condenar S/n? — perguntou e veio até mim. — Nunca vai me perdoar? — perguntou e se aproximou ainda mais de mim. Me encarava com uma cara de cão arrependido.

— Quando trouxer meus pais de volta, se é que isso é possível. — respondi encarando os seus olhos cor de avelã.

— Quando vai entender que não fiz por mal?

— Por bem você também não fez. Licença. — falei e me virei para sair daquela conversa.

Edmundo puxou meu braço com delicadeza e me colocou bem perto de si mesmo.

— Não acredito que você seja tão fria como aparenta. — disse e me segurou com as duas mãos. Aproximou seu rosto do meu e quase caí no joguinho, mas consegui me livrar dele com um empurrão.

Puxei minha adaga que estava embaixo do meu vestido. Eu amarro um lenço na minha perna e deixo a adaga ali para casos de emergência. Adotei essa prática após o massacre.

— Não tente isso de novo. — falei e apontei a adaga para Edmundo, que nessa altura do campeonato já estava a certa distância.

— Vai embora S/n. Eu sei que você me odeia e por isso é compreensível você me destratar, mas não imaginei que seria capaz de apontar uma arma pra mim depois de tudo o que fiz por você e seus irmãos.

— O que de tão incrível fez por mim e por meus irmãos? Deu um castelo e coisas de luxo? Desculpe, mas não sou comprável.

— Deixei vocês vivos, já não é suficiente para ser grata?

Fiquei quieta e logo caiu um peso na consciência. Realmente eu estava sendo injusta. Parando para pensar quantos príncipes e princesas não morreram por aquelas espadas? Ou quantos não estão presos no calabouço frio e escuro?

— Me desculpa, eu acho que..

— Não quero saber de desculpinhas. Vá para o seu quarto e só volte a me procurar amanhã.

— Não vai mais me ouvir? — falei com os olhos cheios. Sim, a culpa dói.

— Não! — gritou. — Hoje não.

Olhei para os seus olhos e saí dali.

No caminho para o quarto dos meus irmãos senti algumas lágrimas escaparem.

Entrei lá com tudo e me sentei na cama de Molly, que nem estava lá.

————————//————————
Calma gente, Edmundo Pevensie não é ridículo não, deixa ele jogar o joguinho dele!!!

Já clicou na estrelinha honey?

Plágio é CRIME

𝑆ℎ𝑒 𝑤𝑖𝑙𝑙 𝑏𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑒𝑛 | 𝐸𝑑𝑚𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑣𝑒𝑛𝑠𝑖𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora