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S/n:

Quando acordei, vi que Edmundo já tinha se levantado.

Ao meu lado tinha uma cartinha, minha espada e meu bloco de músicas.

" Não sabia que você havia escrito uma música sobre o amor entre espadas. Curiosamente se aplica à realidade. Gostei da letra, depois poderia cantar e tocar em sua harpa pra mim, quando voltarmos a Cair Paravel.

Ps: Você não ronca, eu disse aquilo para que falasse comigo por vontade própria, gosto da sua companhia.

Ps 2: Obrigado por estar mais "simpática" comigo, considero que tenha me perdoado."

Eu gostei da cartinha, mas fiquei com vergonha por ele ter lido minha música. Não tinha nada que mexer nas minhas coisas.

A princípio não entendi o conceito da espada junto da carta e do bloco de músicas, mas logo vi que ela estava brilhando, como no dia em que tivemos que deixar a realeza. Só fazem seis dias.

É, em menos de uma semana minha vida revirou de cabeça pra baixo.

Não sei se isso foi bom, mas com certeza estou mais amiga dos meus irmãos e isso é ótimo. Ainda bem que vi que eles podiam ser legais antes que fosse tarde demais.

Não é tão legal viver como serva, mas as vezes é até divertido, por algum motivo Edmundo aparenta estar mais legal depois que brigamos.

O resto do dia também voou e finalmente chegamos no nosso destino. As Terras Selvagens do Norte, onde habitam os gigantes.

Não acho que vamos lutar hoje, já é noite, mas a minha espada brilhou então nem preguei os olhos.

— Você está acordada? — Edmundo perguntou meio sonolento e se levantou para beber água.

— Não consigo dormir. Estou com medo. — Respondi e me levantei também.

— Medo de que? — Ele perguntou e serviu água para nós dois.

— Os gigantes podem nos atacar a qualquer momento. E a minha espada estava brilhando mais cedo. — Respondi e peguei o copo.

— Todas as espadas brilham, independente do horário. — Ele disse e bebeu a água.

— Sim, mas a última vez que brilhou foi quando vocês atacaram o nosso castelo. Brayden disse que ela só brilhava em dias de guerra. — Me defendi para que ele não me achasse louca de dizer que haveria uma guerra só porque minha espada estava brilhando mais cedo.

— Mas você está segura aqui comigo, não se preocupe.

— Sim, mas Louis não. Ele é meu irmão e não tem nenhuma experiência com guerras, muito menos contra gigantes.

— Louis é inteligente. Fora que tem outros soldados lá fora, não tem com o que se preocupar. Agora beba sua água, sua voz está rouca.

Tomei o copo de água em goles ligeiros.

— Talvez você tenha razão, mas não consigo dormir. — Continuei falando e coloquei o copo na mesinha.

— Da primeira vez que eu te vi não achei que fosse medrosa.

— Não sou, mas gosto de me previnir.

— Pode ser, mas está com medo agora.

— Talvez um pouco.

— Eu estou aqui, vou proteger você.

— Promete?

— Claro.

— Mas eu sei me defender.

— De gigantes?

— Quão altos eles são?

— Tipo uns quatro metros. Outros tem três.

— Então eles são muito mais que o dobro de mim.

— É.

— Isso é assustador. Como eles não são os mais poderosos do mundo?

— Eles não são muito inteligentes e nós temos o melhor exército. E claro, nosso exército tem eu, o melhor espadachim da história de Nárnia.

Edmundo deixou o copo ali e me abraçou. Contanto que sejamos só amigos, tá tudo bem, é bom receber abraços as vezes, mesmo que seja de repente e sem motivos.

— Olha, achei que você iria puxar uma adaga e me matar. — Ele disse ainda me abraçando.

— Eu já disse que não sou assassina. — Respondi já tentando empurra-lo.

— Não sei até quando.

Quando nos afastamos, Edmundo colocou sua mão no meu rosto.

— Você é linda. — Ele disse e quase imediatamente senti aquelas coisas de quando garotas se apaixonam.

— Ah é? — Não comi borboletas hora nenhuma, mas de repente lá estavam todas elas. A adrenalina subiu e o calor... O calor? — Ed! Está pegando fogo!

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Aproveitar a oportunidade pra dizer que ontem o Brasil ganhou contra a Sérvia

𝑆ℎ𝑒 𝑤𝑖𝑙𝑙 𝑏𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑒𝑛 | 𝐸𝑑𝑚𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑣𝑒𝑛𝑠𝑖𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora