Senhor Rato

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Sabe aquele queijo cheio de furinhos? Quando criança me diziam que ele era assim porque um rato comia seus pedaços. Me sinto como esse queijo.


Me esforço sem parar
Quero que nos olhos das pessoas que amo o olhar
seja de orgulho
Por isso no conhecimento me mergulho

Contudo, a vida não é um mar de rosas
Particularmente, definiria a vida como um mar de sangue
Sangue de sacrifício
Mas sinto que cada sacrifício que faço é perdido

Quero que nos olhos das pessoas que amo o olhar seja de orgulho

Estou cansada, muito
O que adianta querer mudar o mundo,
se nem esse olhar consigo conquistar?

Mergulho no conhecimento e navejo em sacrifícios, essa é minha vida
Cada gota de sangue perdida
Faz eu ter uma hemorragia

Onde está o rato?
Quero pegá-lo
Quero matá-lo

Pois se continuar assim, no prato não haverá nenhum rastro do que antes foi um belo queijo.

Meu queijo está cheio de furinhos
Cada pedaço que você come, senhor rato, me destrói
Por quê você me corrói?
Isso dói...

Iury Batata 

Poemas noturnos e aleatórios Onde histórias criam vida. Descubra agora