Um Amor Inesquecível - Jenlisa (Lisa G!P!)

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Jennie POV

Chego em casa e assim que saio do carro escuto o barulho de música alta, suspiro imaginando o quão irritados meus vizinhos devem estar.

Entro em casa dando de cara com as meninas dançando como estivessem em uma festa, mas elas param ao me ver.

— Ah, oi mãe — Rosé fala

— Oi tia — Jisoo fala

— Oi minhas lindas — falo e vou até elas dando um beijo na bochecha de cada uma — Já tá na hora de desligar essa música, podem pedir o que quiserem pro jantar

— Obrigada mãe — Rosie fala

— Vou tomar banho, favor não me falir enquanto eu estiver no banheiro — falo e elas riem

Tomo um banho calmo e relaxo bastante. Jisoo é muito fácil de lidar, ela gosta de atenção e carinho, coisas que ela não tem em casa e é bem calma no geral.

Rosé é mais difícil de lidar, ela puxou a mãe no caso a Lisa, por mais que eu evite esses pensamentos é a verdade, as duas são teimosas, ciumentas e tem a paciência curta, além de facilmente cair na porrada com alguém.

Minha filha não sabe muito sobre a outra mãe, nunca lhe mostrei fotos, já que eu não trouxe nenhuma da Tailândia e as que eu tinha no celular na época eu apaguei, também não disse o nome para ela não procurar, aos doze anos eu falei pela primeira vez sobre a outra mãe dela, antes disso ela só sabia que tinha duas mães e que a gente tinha se separado.

Contei a minha história com a Lisa sem dizer nomes, ela até pediu pra eu contar mas eu conheço a filha que eu tenho, ela iria atrás da Lisa e xingaria ela de todos os palavrões que conhece.

Ela é bastante carinhosa e simplesmente odeia que as pessoas me tratem mal ou me deixe triste. Então desde os doze anos ela sempre deixou bem claro que odiava a mãe pelo que fez comigo e que eu fiz certo em não contar a ela da gravidez e que ela não gostaria de ser criada por alguém que me traiu.

Foi bom saber que eu tinha o apoio dela.

— MÃE A PIZZA CHEGOU — escuto seu grito da cozinha e saio do quarto só com um moletom e calcinha, vantagem de só ter mulheres em casa

— Que cheirinho bom — Falo

— Tá mesmo — Jisoo fala

Desde a Lisa eu não namorei mais ninguém, nunca mais confiei em no ninguém, na verdade, me dediquei totalmente a minha filha, ao meu trabalho e só isso.

Faço viagens com ela e assim eu sinto que fico próxima dela, eu nunca morei muito tempo com a minha mãe e eu senti falta disso, então dou o máximo de atenção pra ela.

— Amanhã tem uma feira, aqui em Seul, vai ter comidas, música, vai ser legal — Jisoo comenta

— Eu levo vocês — Falo sorrindo

— Você devia ficar por lá também, pra conhecer alguém legal e desencalhar — Rosie fala e eu a encaro

— Quem disse que eu quero alguém?

— Aí mãe, faz quinze anos que você não fica com ninguém

— Geralmente os filhos não querem que os pais fiquem com alguém — Falo

— Como eu disse, tem que ser alguém legal — Fala

— Eu não quero ninguém e ponto — Falo

— Você nunca superou aquela mulher né?— Fala e eu engasgo com o refrigerante

— Realmente não quero falar sobre isso Rosé — Falo

— Como é o nome dela?— Jisoo pergunta

— Minha mãe nunca disse, por isso eu chamo ela de 'aquela mulher'

— Você podia chamar ela de mãe — Jisoo fala

— Ela nunca vai ser minha mãe — Rosé fala e eu sinto o rancor em sua voz

— De qualquer forma, eu não quero ninguém, estou ótima com a companhia da minha filha linda e da minha futura nora — Falo e agora quem engasga é a Rosie que me encara com raiva, Jisoo ficou envergonhada e apenas colocou mais comida na boca e eu rio.

Acabamos de comer e eu vou lavar a louça, Jisoo me ajuda e a minha filha vai tomar um banho.

— Vem cá Jisoo — Falo enquanto caminho até a sala e ela me segue — Deita aqui — Falo apontando pra minha coxa e ela coloca a cabeça ali e eu começo a fazer carinho — O que aconteceu hoje de manhã?

— Minha mãe falou que nunca me quis e que só me teve porque o aborto não deu certo — Fala começando a chorar e senta no sofá

— Vem cá, meu amor — Falo e a abraço forte — Não se sinta mal por isso, você é uma menina de ouro e eu estou aqui pra você, se ela ou o seu padrasto encostarem um dedo em você é só me avisar — Falo

— Obrigada tia — Fala e eu dou um beijo no topo de sua cabeça

Continuamos assim por longos minutos, ela me abraçava forte e só me soltou pra tomar banho. Me deito no sofá enquanto vejo minha filha com ciúmes por eu estar abraçada com a amiga dela.

— Vem cá — Abro os braços e ela deita por cima de mim no sofá e eu começo a fazer cafuné nela

— Você é tão carinhosa com ela — Reclama e eu rio

— Também sou carinhosa com você — Falo

— Obrigada por cuidar dela, eu sinto ciúmes, mas é importante pra ela

— Você devia dizer a ela que a ama — Falo

— Não

— Por que não?

— Porque eu não quero

— Igualzinha a mãe — Murmuro baixinho, mas ela escuta e levanta a cabeça pra me encarar

— Como assim?

— Nada, eu só pensei alto — Falo

— Eu pareço com ela?

— Aparência mais ou menos, mas a personalidade é igualzinha — Falo e ela revira os olhos

— Não quero parecer com ela, não quero ser uma idiota

— Você não é e não vai ser, ela fez as decisões dela e você vai fazer as suas, ela era incrível comigo antes da traição, acho que foi por isso que doeu tanto — Falo

— Você já se arrependeu de mim?

— Jamais, pelo contrário, você foi a melhor coisa que me aconteceu — Falo e ela sorri

— Te amo, mãe

— Também te amo, Rosie. Jisoo já deve estar acabando o banho — Falo e ela concorda e levanta saindo de cima de mim

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