Capítulo 29

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Diga alguma coisa estou
desistindo de você...

Say Something.

P.O.V BABI

Quando você é adolescente costuma achar que se divertir é ter liberdade e ir em festas como aquela. Mas se você é um adolescente responsável como eu, acharia tudo isso uma porcaria, principalmente, se estivesse sóbria presenciando sua amiga bêbada dançando em cima de uma mesa.

Ser a única pessoa sem álcool no organismo me dava algumas vantagens, e uma delas era ver o mico que as pessoas estavam pagando. E isso só me deixava mais certa sobre a minha decisão de nunca chegar perto de bebida. Passar vergonha como minha amiga estava passando estava fora de cogitação.

Claro que aos olhos dos homens bêbados, ela estáva arrasando, tanto que vários assobios e elogios estavam sendo direcionados a ela. Mas de que tudo isso vai adiantar amanhã de manhã, quando a ressaca bater e as lembranças vergonhosas vinherem?

Já chamei a garota pra casa várias vezes, mas ela só diz " só mas dez minutinhos" e de dez em dez, vão fazer duas miseráveis horas nesse inferno que chamam de festa.

Quero tanto ir embora...

_ Acho que sua amiga bebeu de mais... _ Arthur apareceu ao meu lado, se referindo a dança "sensual" da Carolina.

_ É o que parece. E é tudo culpa sua... achei que levaria a gente pra jantar e olha onde nos trouxe. _ Soltei irritada.

_Ei, ei... Perai! Você falou se "divertir". Quando falam essa palavra geralmente eles querem vir a festas como essas, beber, dançar e beijar na boca. Se queria um jantar era só ter dito. _ Disse magoado.

_ Besta... só sei que não tô me divertindo nenhum pouco.

_ Então vamos embora... _ Arthur chamou e me senti agradecida.

_ Graças a Deus... nunca esperei tanto por um momento como esperei por esse. _ Falei animada. Arthur deu risada ao meu lado, mas sem tirar os olhos da minha amiga e sua dança.

_ Tenho que dar um jeito de convencer a Carol de ir embora.

_ Eu faço isso pra você. _ Arthur foi até onde a Carol dançava e a botou sobre os ombros.
A mesma berrava e se debatia mas o mesmo não a largou.

E minha primeira reação foi rir, da cena pra lá de clichê dos dois.

Ramos foi direto pra saída e eu estava prestes a segui-lo quando vi o Victor subindo as escadas da mansão.

O que ele faz aqui?

Olhei de volta para Arthur e o vi passando pela porta. Ele não iria embora sem mim... Começei a subir as escadas atrás do Victor, decidida a lhe contar toda a verdade sobre mim e seu colega de quarto. Não esperava ter nada com ele nem nada, mas não queria mais me sentir culpada por acabar com uma amizade longa, como a dele e do Ramos.

Comecei abrindo a primeira, dando de cara com um quarto vazio. Abri outra e um grito estridente foi dado quando acabei interrompendo um casal em seu momento íntimo. Eca. Antes de voltar a fechar a porta, totalmente, constrangida, pedi desculpas. Caminhei até a próxima porta com certo receio, não estava pronto para outra cena daquelas...

Sempre Foi Você. |Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora