Capítulo 31

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Eu poderia tentar fugir,
Mais seria inútil...

Camila cabello

_ O que houve? _ pergunto exasperada.

Arthur estava parado na porta, com os cabelos bagunçados e um olhar preocupado.

_ O que houve, ARTHUR?? _ Minha voz saí um pouco mais elevada. Na verdade, desesperada. Ramos não fazia nada, além de me olhar como se alguém tivesse morrido.

Alguém realmente morreu?

Victor ?

O rapaz não me parecia estar muito bem... será que aconteceu algo com ele?

_ É o Victor, não é? _ só podia ser ele.

Procuro o batente da porta, atrás de não cair. Minhas forças pareciam se esvair do meu corpo, quando a única coisa que Arthur me deu, foi um olhar penoso.

_ O que aconteceu? _ mordo o lábio inferior, quando sinto que estou prestes a chorar.

_ Fala alguma coisa!!! _ Grito desesperada por uma resposta.

_ Eu não sei, Caramba. _ ele também está gritando.

Arthur abaixa o olhar pro chão, e passa as mãos no cabelo, e deixa sair um grande suspiro, antes de falar.

_ É melhor você ver com os seus próprios olhos. _Meu amigo se afastou um pouco para o lado me dando passagem.

Senti um arrepio ao entrar no quarto.

O cômodo estava mal iluminado, e a única luz que entrava nele era pelas pequenas frestas da janela.

Em um gesto automático, olhei em direção a cama do Victor, a mesma que fazia dias que estava intocada. No entanto, me surpreendi ao vê-lo deitado sobre ela. Augusto dormia apenas com um calção fino. A falta de luz no comodo não me deixava reparar em muitos detlhes, além dos ombros largos e costas bem definidas.
Victor estava com o rosto virado para a parede e lhe repreendo mentalmente por seu ato. Queria poder ver seu rosto.

Depois de fita-lo por longos minutos o garoto que tinha me dito coisas horrendas a poucas horas atrás, lembrei o real motivo de estar ali. A tal emergência do Arthur...

Voltei meu olhar para Ramos e lhe lanço um olhar confuso.

_ O que tem de emergência nisso? Não entendo porque ele voltar a dormir aqui seria um problema.

Arthur liga a luz do quarto, e o olhar de preocupação ainda está em seu rosto.

Olho para o garoto deitado na cama, mais uma vez, e agora percebo os hematomas por todo o seu corpo. De várias cores e tamanhos.

_ O que você fez com ele ? _ resmungo, e sinto um nó se formando em minha garganta.

Um misto de raiva e desespero estava tomando conta de mim. Um soco tudo bem, mas espanca-lo era demais.

_O que? Você acha mesmo que o Augusto levaria uma surra minha? _ pergunta incrédulo. _ Isso foi no mínimo uns 5 caras bons de briga... _ cinco?

_ Victor virou algum Hulk depois que foi embora? _ solto a pergunta num tom sarcástico, mas na verdade estáva tremendo com toda a situação.

Cinco... cinco caras bons de briga.

Senti o estômago embrulhar, apenas imaginando como tudo tinha ocorrido.

_ Algo parecido...

_ Isso não é hora pra ser engraçado, Ramos... _ repreendo-o, irritadiça.

Sempre Foi Você. |Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora