Capítulo 28

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Às vezes a poesia mais
bela é sobre coisas simples.

Sociedades dos poetas mortos.

  Victor me deixou sozinha e completamente confusa.

Era o que eu queria, não era? Que ele desistisse. Mas, por quê me sentia tão decepcionada?
  Simples. Eu não queria mais que ele se afasta-se. Me rasgava o peito só em pensar que não conversaríamos como pessoas normais outra vez. Estava indo tudo tão bem na nossa conversa e do nada tudo desmoronou.

Deixar que ele se muda-se de quarto por egoismo meu era errado... Que tipo de pessoa eu seria se deixa-se ele se afastar do melhor amigo por algo que nem é real?

Acho que não quero mais fingir namorar o Arthur...

_O jantar com o Ramos não vai rolar mesmo não é? _ A voz da Carol tira-me dos meus desvaneios. Olho pra mesma e a vejo perto da porta do banheiro, de toalha.

_Merda! Esqueci de novo... Tem tanta coisa acontecendo, Carol... que um jantar com o Arthur se torna insignificante. _ Digo frustada por esquecer mais uma vez do tal jantar.

_Nem vem com essa... _Minha amiga diz irritada, me deixando confusa.
_ Agora que preciso sair pra esquecer os chifres, você quer desmarcar o jantar?

_Você não queria esse jantar até ontem, pois se dizia odiar o Arthur. _ Rebato confusa.

_Foda-se o secretário do capeta. Quero apenas sair do campus e ver gente nova. Carol fala, com um sorriso sapeka no rosto.

Não posso julga-la... cada um convive com a dor da forma que sabe.

_Tá bom... mas pare de chamar o Arthur dessas coisas. É exagerado de mais até pra você. _A repreendo.

_Desculpa._ diz envergonhada.

_Tudo bem... Isso é normal, quando se descobri que é corna. _ Brinco, mas a mesma não leva numa boa, e sou acertada com uma almofada voadora. _Ai, Carolina... Eu estáva brincando!!

_Foi mal... os chifres na minha cabeça acertaram a almofada sem querer. Sabe como é, né? Ainda tô me acostumando com eles. _caçoa a garota.

Lhe mostro a língua e ela apenas dá de ombros.

_Se você quer tanto sair com o Arthur, sairemos hoje. Vá se arrumar.

A mesma faz uma careta, pra minha afirmação, mas logo depois volta pro banheiro toda animada.

Pego o celular e mando uma mensagem pro Ramos.

Tenho uma missão pra você...

E qual seria?

Responde segundos depois.

Levar eu e a minha amiga pra se divertir.

Será uma honra, princesa.

Estaremos prontas as 21:10hrs.

Sem problemas, estarei esperando perto do estacionamento.

Olhei pro relógio e já são oito e quarenta. Cuido em me arrumar e apresso a Carol o máximo que posso. A maluca passou vinte minutos só no cabelo.

Nove e quinze estávamos prontas depois de vários gritos, para a Carol se apressar. Minha amiga vestia um vestido curto preto, frente única, com uma abertura de cada lado da cintura e um tênis branco. O cabelo optou por deixar solto, apenas com umas ondinhas bem leves no mesmo. A maquiagem estava bem caprichada e me perguntei pra onde ela pensava que estávamos indo.

Sempre Foi Você. |Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora