02 - Inocente

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 "Droga!", foi o pensamento que cruzou a mente de Christopher quando Anahí, sua ex-mulher, abriu a porta trajando apenas uma lingerie semi-transparente vermelha.

— Precisa estar tão sexy?

— Achei que tinha desistido de vir... — reclamou ela, fazendo beicinho.

— Por que eu desistiria? Sei que você se prepara especialmente para mim. — sorriu malicioso, seu olhar já a desnudando.

– Isso é verdade. Mas algumas pessoas dizem que um dia você vai mudar... Que algum dia você vai entrar no eixo. Bom, se isso for acontecer, só espero que seja comigo.

— Não vai acontecer. Com ninguém, não se preocupe.

A loira tentou sorrir, mas Christopher viu a frustração por detrás dos grandes olhos azuis que ele conhecia há tantos anos. Para evitar que ela continuasse no assunto e ir direto ao motivo que o levara ali, ele a puxou pela cintura, colando seus corpos. Por fim, ela sorrir genuinamente, seus olhos encobrindo-se com o mesmo desejo que ele trazia, então ele cobriu os lábios dela em um beijo caloroso. Poucos instantes depois, ele atravessava a porta e a batia atrás de si, ao que a loira arrancou lhe o paletó e enrolou suas pernas na cintura dele. Ele, por sua vez, apressou-se em pressioná-la contra a parede mais próxima, tendo o máximo de contato possível com cada parte do corpo dela, descendo os beijos por seu pescoço.

— Oh, você não sabe o quanto sinto sua falta, Christopher! — ela sussurrou, mordiscando o lóbulo da orelha dele.

— A espera aumenta o desejo. — ele riu, mordendo o lábio inferior dela levemente.

— Mas não é justo me fazer esperar tanto.

— Então por que não paramos de falar e simplesmente aproveitamos?

Anahí sorriu com os lábios vermelhos pelos beijos voluptuosos, concordando. Christopher a puxou novamente para seu corpo e ela entrelaçou as pernas ao redor dele com mais força, enquanto ele a levava para a sala e deitava por cima dela no sofá.

— Será que um dia conseguiremos chegar ao quarto? — ela riu.

— Talvez... Podemos tentar várias vezes.

Ele voltou a beijar o pescoço dela, abrindo com facilidade o sutiã de fecho frontal e deslizando-o para fora do corpo dela. Ela não conteve um gemido ao sentir a língua quente dele em seus seios. As mãos dele deslizavam pelas coxas dela, e ela acariciava os cabelos dele, puxando levemente. Ele levantou o olhar sorrindo e ela o puxou pela camisa para selarem seus lábios. Logo ela desceu as mãos pelos ombros e abdômen dele, desabotoando a camisa às pressas, certificando-se de jogá-la longe antes de voltar a arranhar as costas dele.

— Você deveria começar a vir com menos roupa. — sugeriu, ao que ele apenas riu, apertando as coxas dela com mais vontade.

...

Como sempre, após algum tempo matando a saudade, os dois se encontravam deitados no chão da sala, totalmente suados, recuperando suas respirações irregulares, e sem força sequer para falar.

Um relógio apitou em algum lugar da casa. Que horas deveriam ser? Madrugada?

— Uau... — Anahí sorriu bobamente, rolando para mais perto do ex-marido e se debruçando sobre seu peitoral nu. — Nós realmente precisamos fazer isso mais vezes.

— Espero que você não esteja sugerindo outra rodada agora, porque sinceramente, não sei se aguento comparecer em mais uma... Aliás, acho que quebramos nosso recorde, hein?

Ambos riram, mas assim que seus olhares se encontraram novamente, a intensidade nos olhos de Anahí mudou para algo bem mais ameno do que luxúria.

O Vórtice (Vivendo entre os Uckermann #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora