Lavanderia

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Fazia muito frio naquela segunda semana de janeiro, mas Grace não estava com um pingo de vontade de ficar dentro do próprio apartamento, estava tudo excessivamente quieto lá, ninguém parecia estar por perto, a fazendo ficar presa nos próprios pensamentos, por isso resolveu descer até a lavanderia compartilhada do prédio, embora ela tivesse a própria, e ficar ali lavando a pouca roupa que havia usado durante a semana.

- Alguém pediu chocolate? – bateram na porta da lavanderia e ela apenas virou o rosto para dar de cara com a última pessoa que imaginaria ali. – Sei que não é a sua casa, mas você não vai me deixar entrar? – ele segurava os dois copos térmicos de chocolate nas mãos.

- Como você sabia aonde eu estava? – ela permaneceu sentada sem se dar ao trabalho de ir abrir a porta para ele.

- Vou entrar assim mesmo. – com certa dificuldade por estar com as mãos ocupadas, ele entrou na lavanderia do prédio e deu um dos copos que segurava para ela que aceitou. - Amanda? – ela confirmou com a cabeça assim que ele disse o nome da amiga um tanto fofoqueira dela e deu um gole no chocolate que ele havia trazido, era um ótimo chocolate quente.

- Amanda está me saindo uma grande de uma fofoqueira, isso sim. – ela o olhou sentar ao seu lado. – E como entrou aqui?

- Seu porteiro não é muito seguro. Foi só dizer que eu era seu namorado que havia chego do Japão e ele me liberou. Não briga com ele, ele apenas quis ajudar um coração saudoso. – ele fez um bico.

- Ele merecia receber uma reclamação, mas não vou prejudicar alguém que, visivelmente, ainda acredita no amor. – ela bateu as unhas no copo. – O que faz aqui em Londres? Achei que estivesse viajando como a maioria das pessoas.

- Eu até tinha marcado uma viagem para um lugar visivelmente mais quente. – ele se encolheu na própria jaqueta. – Mas, assim de repente, me deu vontade de vir ver você, ou seja, estou aqui para te ver apenas.

- Oi? – ela levantou uma sobrancelha, a última coisa que tinha vontade de fazer naquele momento era transar e se Henry estava atrás daquilo, foi uma viagem desperdiçada.

- Eu queria só te ver. – ele repetiu e deu de ombros. – Por mais estranho que pareça eu senti sua falta, no caso de conversar com você e descobrir mais sobre no que Grace Elizabeth se transformou. – ele encostou o cotovelo nas costas da cadeira e apoiou a cabeça na mão. – Você não vai falar nada?

- O que eu teria para falar? – ela tossiu. – Desculpa, estou meio doente.

- Um 'eu senti sua falta também, seria ótimo conversarmos e nos conhecermos mais'? – ele a imitou.

- Henry, eu não posso falar isso. – ela viu ele ficar com uma cara sem graça e resolveu pegar na mão dele. – Eu sei que isso é o que todo garota sonharia, você, um cara incrivelmente sexy, fofo e que desistiu de uma viagem, provavelmente maravilhosa, só para dizer 'senti sua falta' e que quer conversar. Mas essa não sou eu.

- Eu banquei o idiota então?

- Não, claro que não. – ela colocou o copo em cima de uma das máquinas e acariciou a mão dele. – Eu gosto de você, mas não dessa maneira. Eu não sou do tipo que vai se apaixonar, achei que tivesse deixado claro isso.

- Eu não estou falando que estou me apaixonando por você, só que senti sua falta e que queria conversar. – ele sabia que não ia conseguir nada com ela levando a conversa por aquele lado, então resolveu mudar a abordagem, ele a fez levantar e sentar em seu colo. – Quer dizer então que eu sou 'incrivelmente sexy'? – ele deu um beijinho no pescoço dela que riu.

- Você sabe disso, não finja modéstia. Eu não preciso ficar falando isso.

- É que eu gosto de te ver me elogiando, sou vaidoso. – ele segurou na cintura dela e apertou de leve.

Can I Go With You? || Henry CavillOnde histórias criam vida. Descubra agora