- Feliz dia dos namorados!!!! – Charlie apareceu na casa de Henry com uma enorme pelúcia na mão.
- Que? – Henry tirou os olhos do celular e encarou o irmão.
- Feliz dia de São Valentin, se assim preferir. – Charlie sentou no sofá ao lado dele e colocou a pelúcia no colo. – Comprei para a mamãe, o que você acha?
- Você sabe que o dia dos namorados é amanhã, não é?
- Eu sei, mas a semana inteira as mulheres ficam mais fragilizadas e, você sabe, é mais fácil de conseguir alguém.
- Você sabe o quanto isso que você disse é ridículo?
- Desde quando você ficou tão chato?
- Desde que notei o quanto isso é um pensamento ridículo. – ele deu uma rápida olhada no aparelho celular.
- Você devia tomar uma postura quanto a isso.
- Quanto ao que, Charlie? – Henry disse de forma irritada.
- Isso... – ele pegou o celular da mão do irmão, olhou ali a foto de Grace em alguma rede social dela e tornou a mostrar o celular para Henry. - ...Grace Elizabeth Simons. Ela ficou bem bonita, esqueci de comentar.
- Mas não é para você. – ele praticamente arrancou o celular da mão do irmão mais novo.
- Você deveria ir atrás dela.
- Para que? Eu nem gosto dela, para de ficar vendo coisa aonde não tem.
- Ao contrário, tem MUITA coisa ai. Você está insuportável só por causa de uma foto da mulher segurando um cartão escrito 'Always my Valentine!' – Charlie começou a rir.
- Eles não estão juntos, isso deve ser só uma brincadeira entre amigos.
- Eles quem?
- Grace e Oliver, o cartão... – ele olhou para o irmão e só então percebeu que deu informações demais, em nenhum momento Charlie havia citado alguém.
- Eu não perguntei nada, e seu comentário só confirmou o que eu já sabia: você gosta dela.
- Posso até gostar, mas ela mentiu para mim.
- Mentiu? Pelo que você me disse ela só demorou para te contar a verdade. Você tem que considerar que isso era algo extremamente pessoal e você não tem o menor direito de cobrar o que quer que seja dela, pelo contrário, deveria agradecê-la por ter poupado você disso durante esse tempo.
- Você está certo nesse ponto. – ele bufou. – Só que eu não tenho tempo de parar minha vida para cuidar dela, está bem?
- Eu sou o Charlie, seu irmão, não a Grace, mulher que você gosta, então pare de dar essas desculpas mentirosas. Eu te conheço, sei que você não é assim, você daria um rim por ela. Por que você está querendo se afastar dela?
- Porque ela quis que eu me afastasse. Todo mundo, aparentemente, pode ficar ao lado dela, menos eu. – ele disse de forma enciumada. - Ela com certeza achou que eu fosse um idiota babaca que a deixaria e não aguentaria ficar ao lado dela.
- Você está sendo o idiota babaca exatamente nesse momento.
- Ela não me quer por perto.
- Você já perguntou isso a ela? Talvez Grace tenha apenas te afastado com medo de você perder as coisas por causa dela, porque, no fundo, ela sabe que você seria alguém que ficaria ao lado dela o tempo todo.
- Está bem, vamos dizer que eu vá lá, peça desculpas, ela aceite e começamos um relacionamento, o que vem depois? Eu passo a viver minha vida com medo do dia em que ela morrer?
- Todo mundo morre um dia e nem por isso as pessoas passam a viver em prol disso.
- A diferença é que a 'data de validade' dela está aparecendo.
- É mesmo? E quando é? Porque você não me disse a data exata para anotar na minha agenda. – Henry não disse nada, apenas o fuzilou com o olhar. – Sei que isso não vai ser fácil, que você talvez vai ter de desistir de algumas coisas para ficar com ela, só que, primeiro, você gosta dela e quer ficar com ela, você é o cara mais romântico que eu já conheci. – Charlie fez uma careta. – E, segundo, você não acha que seria uma boa para ela viver algo legal antes de morrer? Sendo que você é o único que pode proporcionar isso a ela.
- Eu não sei...
- Tem medo do que?
- Medo dela ir. Não quero me apaixonar e um dia levantar e ela não estar mais ali.
- Sinto te dizer, mas você já se apaixonou e está deixando ela. Vai, corre atrás dela, se dê uma felicidade e a ela também e quando as coisas ficarem ruins eu vou estar aqui para você, só não espere beijos de mim. – Charlie abriu um sorriso para ele e Henry o abraçou.
- Obrigado. – ele apertou o abraço que havia dado no irmão. – Acha que ela vai me aceitar?
- Eu não sei, acredito que sim.
- E se eu chegar lá, ela estiver com outra pessoa ou, pior ainda, ela não me aceitar de volta?
- Eu não acho que isso seja possível. Ela também parece ser louca por você, se levarmos em consideração como ela era quando criança. – Charlie se separou e deu um tapa no ombro dele. – E se realmente ela estiver com alguém, o que eu acho extremamente improvável, ou não te aceitar, você vai saber, não vai ficar na dúvida por não ter tentado.
- Eu não sei... – Henry esfregou o rosto com as mãos.
- Anda logo Henry!!! Aproveita que amanhã é dia dos namorados, você pode apelar para isso.
- Tem razão. – Henry sorriu e pegou o celular. – Você vai me ajudar, não vai?
- Fazer o que, se não sou eu na sua vida você não vai para frente. – Charlie pegou o próprio celular. – Vamos pesquisar o que você pode fazer.
E assim foi como Henry e Charlie passaram o restante do dia e, embora tivessem feito várias pesquisas, nenhuma ideia que surgiu dali parecia que agradaria Grace, tudo parecia DEMAIS e, foi só depois que Charlie foi embora e ele foi dormir que acabou tendo uma ideia que parecia que agradaria Grace.
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Can I Go With You? || Henry Cavill
FanfictionDurante a infância, Grace era apaixonada pelo seu vizinho alguns anos mais velho, mas ele nunca deu bola para a garota que babava por onde quer que ele passava. Os dois cresceram, tomaram rumos diferentes na vida e, muitos anos depois, se encontrar...