Sem segundas intenções

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Grace parou em frente a vitrine de uma loja e olhou a simples aliança dourada, não tinha nada demais e não era cara, era apenas uma joia simples que ela sabia que nunca iria ter.

- Você deveria comprar. – Oliver disse olhando para a vitrine e colocou a mão na nuca dela.

- Por que eu compraria uma aliança?

- Porque todas as vezes que a gente passa por aqui você fica olhando para ela. – ele deu um beijinho na bochecha dela. – Eu compraria agora mesmo e ainda ajoelharia aqui na sua frente e te pediria em casamento se você quisesse.

- Eu estou muito tentada só para te ver nessa cena. – ela virou de frente a ele, colocou as mãos ao redor da nuca dele e o encarou. – Eu vou poder chegar no hospital e gritar "o doutor Oliver García me pediu em casamento."

- Todo mundo ia acreditar, porque sabem que eu sou louco por você. – ele a beijou.

- Deixa de ser bobo, Oliver. – ela se afastou dele rindo.

- Eu não estou mentindo, Grace. – ele a abraçou pela cintura. – Eu gosto de você e, se é o seu desejo, estou disposto a fazer isso.

- A gente se conhece faz menos de um ano Oliver, muito cedo para um pedido de casamento, além do que...

-...você não quer casar. – ele completou.

- Exatamente. – ela se soltou dele, pegou na mão de Oliver e os dois saíram andando pela rua.

- Principalmente comigo.

- Não é "principalmente com você", eu não quero um relacionamento assim com ninguém. E a gente não se ama, Oliver, a gente fica de vez em quando, temos encontros divertidos, o sexo é bom...mas é só. Se um dia eu for me casar, o que eu acho extremamente difícil, vai ter que ser com alguém que eu ame enlouquecidamente.

- Eu sei disso. – ele fez carinho na mão dela. – Então, aquela cafeteria de sempre?

- Você não tem que voltar para o hospital? Não que eu esteja reclamando, é que a gente acabou de sair do cinema.

- Eu tirei o dia de folga para ficar com a minha pessoa favorita. – ele deu um beijo rápido na bochecha dela que deu risada.

- Você é muito canalha, sabia? – ela deu risada e os dois continuaram andando.

Os dois andaram por mais algumas ruas até entrarem em uma das cafeterias mais caras de Londres e, por ser um pouco depois do costumeiro chá das cinco, o local nem estava muito cheio e os dois conseguiram pegar uma mesa em um bom lugar.

- Você sabe que eu ADORO isso aqui! – Grace falou de forma empolgada e abriu o cardápio. – Eles tem aqueles bolinhos pequenos, se me deixar eu como todos.

- Eu sei bem disso Grace. – Oliver abriu um sorriso para ela que abaixou o cardápio e o encarou.

- Você não vai conseguir me conquistar com essas covinhas, por mais lindas que elas sejam. Então pare de gastá-las comigo. – ela brincou com ele.

- Você sabe que TODA vez que eu estou com você ligo o modo flerte, impossível resistir a essa sua pintinha. – ele se inclinou na mesa. – Se eu pudesse passaria o resto da vida a beijando. – ele levantou a mão e tocou a pinta que ela tinha na bochecha.

- RIDÍCULO, você é RIDÍCULO! – ela brincou com ele.

- Mais ou menos. – ele mordeu o lábio inferior e ela não tinha como negar que Oliver era um dos homens mais gostosos que ela já tinha visto.

Can I Go With You? || Henry CavillOnde histórias criam vida. Descubra agora