Capítulo 10 - Pedacinho de quem?

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Harry contou a Rony e Hermione que tinha ido atrás de Justino, mas não o tinha encontrado. Em vez disso, ouviu seus amigos falando que o garoto estava se escondendo dele, Harry, e várias outras acusações que o tiraram do sério, fazendo com que se metesse na conversa e entrasse numa discussão. Disse também que, então, na volta para a sala comunal, tinha esbarrado no Justino já petrificado ao lado de Nick-sem-cabeça, e que em antes de poder sair dali e pedir ajuda Pirraça chegou e gritou a plenos pulmões, fazendo todos saírem de onde estavam, o vendo ali em meio aos corpos. A professora Minerva chegou e o levou até Dumbledore, que disse acreditar que ele não tinha culpa.

O novo ataque deixou todos em pânico - mais pelo fato de Nick ter sido atingido, já que uma coisa que podia fazer isso a um fantasma, só poderia ser algo de poder terrível. Com isso, quase todos os alunos escolheram voltar para casa no Natal.

– Nesse ritmo, seremos os únicos a ficar para trás – disse Rony a Harry e Hermione. – Nós, Draco, Crabbe e Goyle. Que beleza de férias vamos ter!

–Eu não me importo. - disse Harry - Pelo menos assim param de me olhar como se eu fosse atacá-los, ou de me apontarem, ou de vaiarem quando eu passo.

Fred e Jorge, porém, achavam muita graça em tudo. Saíam do caminho para andar à frente de Harry nos corredores, gritando: "Abram caminho para o herdeiro de Slytherin, um bruxo realmente maligno vai passar..."

Percy, por sua vez, desaprovava inteiramente esse comportamento.

– Não é motivo para graças. – disse friamente.

– Ah, sai do caminho, Percy. Harry está com pressa.

– É, ele está indo para a Câmara Secreta tomar uma xícara de chá com seu criado de caninos afiados – disse Jorge, dando uma risadinha debochada.

Gina também não achou graça nenhuma.

– Ah, não façam isso – choramingava todas as vezes que Fred perguntava a Harry em voz alta quem ele pretendia atacar a seguir, ou quando Jorge, ao encontrar Harry, fingia afugentá-lo com um grande dente de alho.

– Essas brincadeiras dos gêmeos não te incomodam, Harry? - perguntou Hermione, ao ver Gina correr para o dormitório após ouvir mais uma brincadeira de Fred sobre isso.

–Na verdade, não, nem um pouco. Pelo menos eles dizem isso porque acham ridículo a ideia de que eu seja o herdeiro de Slytherin.

–Sem contar que parece irritar muito Draco, então, só por isso já vale muito. - disse Rony, dando de ombros, e já foi acrescentando.

– E é porque está morrendo de vontade de dizer que o herdeiro é ele – constatou, com ar de quem sabe das coisas, certo do que dizia. – Vocês sabem que Draco detesta quando alguém o supera em alguma coisa, e você está recebendo todo o crédito pelo trabalho sujo que ele fez.

– Não será por muito tempo – anunciou Hermione, com um tom de satisfação. – A Poção Polissuco está quase pronta. Vamos extrair a verdade dele a qualquer momento.

(...)

O recesso chegou e com ele o silêncio profundo no castelo. Harry, Hermione e os Weasley eram os únicos na torre da Grifinória, o que permitia que brincassem de snap explosivo e praticassem duelos.

Fred, Jorge e Gina preferiram ficar na escola a visitar Gui no Egito com o Sr. e a Sra. Weasley. Percy, declarou pomposamente que só ficara para o Natal porque era seu dever, como monitor, ajudar os professores em tempos tão tempestuosos.

No dia de Natal, Hermione, que estava sozinha no dormitório, levantou cedo e foi ver a poção, para acrescentar a ela o ingrediente que faltava. No tempo em que estivera lá, ela aproveitou para pensar mais a fundo sobre o que ficara se cobrando durante muitos dias desde que decidiram pôr aquele plano em ação: em quem se transformariam com a Polissuco, e como tirariam essas pessoas do caminho enquanto se passavam por elas.

A Câmara Secreta - Por Rony W. e Hermione G.Onde histórias criam vida. Descubra agora