Rony ficou mais tranquilo, apesar da bronca da mãe, por ter ido buscar Harry. O amigo parecia encantado com tudo que via na Toca. Molly cuidava de suas roupas e o fazia repetir a comida três vezes e Arthur sentava-se do lado de Harry e perguntava tudo sobre a vida dos trouxas.
– Fascinante! – exclamou, quando Harry lhe contou como se usava o telefone. – Engenhoso, verdade, quantas maneiras os trouxas encontraram de viver sem o auxílio da magia.
Uma semana se passou desde o resgate de Harry e numa bela manhã, Harry e Rony desceram para tomar café. Seus pais e Gina já estavam à mesa e, como sempre, ao ver Harry, sua irmã ficou nervosa, e dessa vez derrubou a tigela de mingau no chão. Rony ignorou aquilo com um rolar de olhos, embora achasse um pouco de graça, e assim que se sentou para comer seu pai passou a ele e Harry envelopes idênticos de pergaminho amarelado, endereçados em tinta verde.
– Cartas da escola. - disse o Sr. Weasley - Dumbledore já sabe que você está aqui, Harry, ele não perde um detalhe, aquele homem. Vocês dois também receberam – acrescentou, quando Fred e Jorge entraram descontraídos, ainda de pijamas.
Durante alguns minutos fez-se silêncio enquanto todos liam as cartas. Rony passou o olho pela dele, que trazia o dia de embarque no Expresso de Hogwarts e a lista dos novos livros que ia precisar para o próximo ano letivo - o livro de feitiços para segunda série, que provavelmente iria usar dos irmãos, e a coleção de Gilberto Lockhart, que então sim seriam um problema: teriam que ser comprados.
Fred, espiou a lista de Harry e logo comentou:
– Mandaram você comprar todos os livros de Lockhart também! – admirou-se. – O novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas deve ser fã dele, aposto que é uma bruxa.
– Esse material não vai sair barato – comentou Jorge, lançando um olhar rápido aos pais. – Os livros de Lockhart são bem carinhos...
– Daremos um jeito – disse a Sra. Weasley, embora tivesse a expressão preocupada. – Espero poder comprar a maioria do material de Gina de segunda mão.
Com isso, Rony voltou-se para o café da manhã, mas ficara um pouco preocupado. Seria mesmo um problema para os pais comprar todos aqueles livros, mais o material de Gina, que desta vez iria para Hogwarts também. Alguns deles certamente ficariam sem certos materiais dessa vez - e o garoto se distraiu tanto ponderando sobre isso que sequer percebera quando Percy entrou na cozinha, sentou-se na cadeira a seu lado, e de um susto, levantou rapidamente.
– Errol! – exclamou Rony, recolhendo a coruja inerte da mão de Percy e extraindo uma carta que ela trazia presa sob a asa. Vendo o endereço e a letra com que ele estava escrito, logo soube: – Finalmente chegou a resposta de Hermione. Escrevi a ela avisando que íamos tentar salvar você dos Dursley.
Ele explicou e em seguida levou Errol até um poleiro na porta dos fundos, tentando fazê-lo encarrapitar-se, mas a coruja tornou a desmontar. Por isso Rony a deitou na tábua de escorrer, resmungando um "Patético". Em seguida abriu a carta de Mione e leu-a em voz alta.
Queridos Rony, e Harry se estiver aí.
Espero que tudo tenha corrido bem, que Harry esteja bem e que você não tenha feito nada ilegal para tirá-lo de lá, Rony, porque isso criaria problemas para o Harry também. Tenho estado realmente preocupada e, se Harry estiver bem, por favor, mande me dizer logo, mas talvez seja melhor usar outra coruja, porque acho que mais uma entrega talvez mate essa aí.
Estou muito ocupada, estudando, é claro...
– Como é que pode! – exclamou Rony, horrorizado. – Estamos de férias!
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Câmara Secreta - Por Rony W. e Hermione G.
FanficDepois de férias estranhas, sem notícias de seu amigo Harry, Hermione e Rony se preparam para voltar às aulas. O ano letivo não começa, no entanto, sem que Rony e Harry se coloquem numa série de problemas, já que algo parece querer muito impedir Pot...