CONCLUÍDA
Juliette freire casou se muito nova e vivia uma vida infeliz, com um marido dominador e fanático.
Mas tudo começa mudar com a chegada da nova vizinha, Sarah Andrade.
Duas pessoas tão diferentes que se aproximam e se completam.
_________...
Enquanto Sarah ia buscar a máquina fotográfica, Juliette ficou remoendo o pensamento de que a outra havia visto ela dormir, pior ainda descabelada e jogada de qualquer jeito no sofá, logicamente uma foto tirada nessas condições só poderia ter ficado horrível. Levou um susto quando ela voltou da cozinha.
- Vem cá ver Juliette.
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Juliette olha espantada para foto que Sarah mostrava, não esperava aquele resultado.
- Minha nossa Sarah, você fez milagre com essa foto, não se parece em nada comigo, essa moça aí não tem como ser eu.
- Claro que não faço milagres se a modelo não ajuda, a única coisa que fiz foi acerta o ângulo certo para a foto. Você é muito bonita Juliette, poderia trabalhar como modelo, sim.
A cor do rosto de juliette que estava vermelho clarinho foi para roxo em poucos segundos, nunca tinha recebido um elogio desse tipo, por mais que soubesse que Sarah estava apenas sendo gentil, não soube o que responder, apenas gaguejou um agradecimento.
- Ah...errr... Obrigada Sarah. Agora pode apagar essa foto?
Sarah pareceu decepcionada quando ela falou aquilo.
- Você não gosto da foto?
- Ah Sarah, eu adorei, mas ela não teria nenhuma utilidade para você.
- Eu tinha pensado em imprimir uma cópia e te dar de presente, pela ajuda que me deu aqui.
- Nãooo!!
Aquele saiu mais rápido e mais brusco do que ela tensionava, mas não queria ter que explicar que seu marido rasgaria a foto caso achasse e ainda lhe daria uma lição de moral terrível. Queria que Sarah pensasse que ela levava uma vida feliz, sem um marido tão opressor, queria tanto que Sarah tivesse uma boa impressão dela, que fosse sua amiga, mas se falasse sobre, Rodolffo, sem dúvida ela se afastaria, ninguém mais tem paciência para os dramas dos outros hoje em dia. Arrumou a única desculpa que passou pela sua cabeça naquela hora.
- Não é certo Sarah, é seu trabalho, não posso aceitar ele de graça, quem sabe mais frente posso comprar.
- Mas seria um presente de agradecimento.
- Mesmo assim, eu não me sentiria a vontade. Me desculpe?
E lá vinha aquele sorriso encantador novamente. Se anjos existissem e sorrissem provavelmente seria parecido com o sorriso de Sarah.
- Ok Juh, eu te desculpo, mas tem uma condição.
- Qual?
- Me deixe tirar mais algumas fotos suas? Só quero ver o quanto você fotogênica, quero ter certeza que meu olhar de fotógrafa não se enganou.
Mais fotos? Sério? Sentiu um leve enjôo, a pizza que havia comido deu uma remexida em seu estômago, nunca gostou de fotos, e fotos com Sarah não devia ser uma boa ideia, mas não queria ofender ainda mais a outra, já havia recusado um presente.
- Tudo bem Sarah, mas só algumas e depois você apaga.
- Combinado, Vou pegar minha outra câmera, quero fotos perfeitas.
Sarah colocou Juliette de costa pra janela e olhou a luz.
- Ok Juliette, agora apóie a mão direita no queixo e deixe dois dedos pousados de leve na boca e depois olhe para mim. Isso muito bom.
*click*
- Agora quero uma cara bem séria, sem olhar para mim, olhe para aquele quadro atrás de mim. Cara, você leva jeito mesmo.
*click*
Sarah por um momento ficou observando Juliette com um olhar tão profundo, isso fez com que ela se sentisse desconfortável, como se a outra pudesse ler até sua alma.
- Ok Juliette, mais uma foto só e te deixo em paz, más quero tentar algo diferente agora.
- Diferente como?
Sentiu se chocada, será que Sarah ia querer tirar fotos dela nua, isso não. NUNCA.
A outra se aproxima, estava tão perto que Juliette conseguia ver os pequenos riscos pretos nos olhos de Sarah, O primeiro toque foi como um frio descendo da nuca até a sola do pé, depois Sarah soltou o coque desarrumado que Juliette usava, quando a mão quente dela tocou sua nuca sem querer, algo dentro do seu corpo se agitou, algo que ela nunca havia sentido de forma tão intensa. Ficou desnorteada, aquele toque abrasador em seus cabelos soltos ( coisa que ela nunca deixava ) fizeram com que ficasse ainda mais tímida.
Sarah ainda estava muito perto ajeitando o cabelo, perto demais, não conseguia controlar os pensamentos que se esbarravam na sua mente, era o caos, precisava sair dali já, senão ia fazer uma burrada enorme.
Num rompante, Juliette se afasta correndo de Sarah e sai rapidamente da casa, ainda ouvir os chamados de Sarah, chegou em casa completamente ofegante e desnorteada, se enfiou no chuveiro e tomou um banho de água fria para colocar a mente em ordem.
Quando Rodolffo chegou do trabalho, Juliette já tinha feito seu jantar e arrumado a casa, mas não tinha conseguido arrumar a bagunça que Sarah em poucos segundos fez na sua mente.
