32 - Que se dane

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O dia de divulgar o meu trabalho chegou, Humberto não deixou Adalberto entregar isso para as autoridades e reabrir o caso, até eu entregar a notícia em primeira mão.

Gaby teve que viajar, ela encontraria a tia, que já estava no país, mas em outra cidade, estava em seus últimos negócios e queria vê-la o quanto antes, então ela foi, mas prometeu voltar logo pra nos ver e é claro que o NAMORADO foi acompanhando ela, Nick seria apresentado a " sogra ".

Com a saída de Gaby a grande quantidade de seguranças havia diminuído. Humberto dispensou parte dos funcionários que já eram poucos.

Estávamos sentados esperando o meu trabalho ser apresentado. A minha professora apresentaria os documentários em uma plataforma on-line, muitos jornalistas e a imprensa importante acompanhariam tudo.

O foco do meu trabalho não foi Fefi e nem a sua mentira descarada, e sim Humberto! Todas as perguntas que o fiz e que fiz aos outros apresentava um pouco de sua história, eu queria que todos o conhecessem como eu tive a honra de conhecer. Suas manias e chatices, sua força e fraqueza, e é claro que ao fim abordei sobre a maior polêmica que envolve o seu nome e o que ele passou por ela. Mostrei aquilo que é o seu lado da história e a verdadeira versão, expus algumas imagens de Fefi para provar o que afirmava.

Ele parecia tenso, mas na conclusão do vídeo eu falei com a câmera em mim. Agradeci aos garotos que me ajudaram, a senhorinha das imagens das câmeras, sem divulgar seu nome, a Gaby pela amizade, a minha mãe por tudo que me ensinou na vida e a Humberto, por me disponibilizar tantos momentos bons nesses meses que estivemos juntos.

Quando acabou Adalberto, Giovanna e Humberto ao meu lado no sofá aplaudiram, fiquei feliz por terem gostado.

Adalberto estava se preparando para finalmente ir até as autoridades pessoalmente como advogado para reabrir o caso e buscar a inocência de Humberto e levou Giovanna consigo, estranhei ela não negar.

Havia ainda alguns funcionários na casa, mas como sempre estavam em seus postos, parecia que não havia ninguém mais.

Procurei por Humberto e o encontrei em meu quarto, ele estava de costas perto da janela aberta, então o assustei.

" Kimberli! " Me repreendeu com um sorriso, ele parecia mais leve, mais feliz... isso me deixa tão bem!

" Humberto! " Repeti no mesmo tom.

Ele sorriu me encarando por um tempo, até meus olhos caírem sobre suas mãos, que logo são lançadas para trás. Ele abri um sorriso brincalhão.

" O que é isso? " pergunto me aproximando e ele recua um pouco, contendo a risada.

" O que? " Pergunta fazendo o sonso.

" Vamos fazer isso denovo Humberto Gutiérrez? " Faço uma cara de tédio pra ele, que suspira derrotado.

" Vem descobrir! " Diz levantado as duas mãos fechadas, me fazendo escolher uma.

Escolho a direita, ele abri e cai na gargalhada quando me mostra que não tem nada, mas a outra segue fechada, é lá!

Vou em direção a ela, ele a ergue pra cima, tenho que saltar para alcançá-la.

" Olha, olha... no contrato diz que não pode me tocar ein! " Ele diz em meio as gargalhadas, mas meu instinto curioso não lhe dá ouvidos.

Meu último salto alcança sua mão, porém logo me desequilíbro e caio pra cima de Humberto, mas ele segue em pé. Os risos cessam e seu olhar castanho está com uma cor tão intensa, ele parece sair de um transe e abri a mão revelando novamente o anel da outra vez.

" Como...? " Pergunto surpresa.

" Giovanna me entregou logo que voltaram, enquanto me dizia o quanto eu não valia nada..." não pude não sorrir.

" Ela também disse que eu sou um GAROTO IMATURO! " ele imitou a voz dela, achei engraçado.

" Giovanna...." Disse baixo achando graça da sua implicância.

" Me permite? " Ele disse pegando minha mão, eu confirmei com a cabeça e ele pôs de volta.

Eu não conseguia tirar os olhos dele e quando os deles encontraram os meus um turbilhão de coisas surgiram dentro de mim, meu coração estava mais acelerado do que nunca esteve, a cada piscada dos olhos que eu evitava para não perder nem que fosse um décimos de segundo da visão em minha frente, eu me convencia mais e mais a adimitir o que eu sentia tão intensamente.

" Eu te amo. "

O fato de termos falado ao mesmo tempo fez com que meu corpo fizesse aquilo que eu mais queria aquele momento.

O beijei, nos beijamos. O beijo era repleto de desejo, ansiedade, felicidade e de sentir o prazer do proibido. A proibição que os dois fizeram naquele maldito contrato.

Depois de nos afastar por falta de ar, ficamos com as testas encostadas, um sentindo a respiração do outro. Mas eu queria mais, ele parecia querer mais, mas um receio pairava pelo ar.

" Eu não quero te prejudicar.... mas tenho que confessar que o que eu desejo agora é muito mais do que tocar o dedo em você." Ele disse com uma voz baixa e rouca que me fez estremecer.

" Quero que o senhor Gutiérrez não toque um dedo em mim, e quero uma punição se caso isso aconteça! "

A minha fala veio em minha cabeça, como eu me arrependo disso.

Uma onda de coragem vem sobre mim novamente e o puxo para mais um beijo, parece que tanto quanto eu, Humberto está desesperado por isso, a cada aproximação de nossos corpos o desejo almenta cada vez mais.

" Kimberli..." Ele murmura entre os beijos.

" Se continuar assim, não vou me controlar..." Concluiu enquando eu movia meus beijos para sua orelha.

" Nem eu..." Disse baixo, ele pareceu estremecer igualmente a mim.

Então ele passou o braço pela minha cintura me trazendo mais pra si.

" E o contrato? " Perguntou ofegante.

" Ah, que se dane! " Emendamos outro beijo desesperado, até sentir um aperto forte em minhas coxas me erguendo para cima, logo as enrolo ao redor do  corpo do meu guindaste e fomos em direção ao resto do quarto.

De vez em quando esbarramos em algo, mas nada que fizesse a gente se desgrudar, até eu cair sobre algo macio, chegamos ao nosso destino.

Suas mãos passeavam por todo o meu corpo, parecia que a regra estava banida nesse momento, eu o ajudei a tirar a camisa e pude tocar em seus músculos, de modo que tudo fosse guardado em minha mente.

Agora era o momento em que não tinha regras, não tinham supervisores e não tinha passado... só o Humberto e a Kimberli.

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Ai gente 🥰☺️

Essa música super combina com eles, ouvi e só imaginei o Humberto dizendo isso pra Kim.

I just wanna be yours - Arctic Monkeys

Do nada, contratada [Shawn Mendes]Onde histórias criam vida. Descubra agora