9 - A promessa

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Eu estava correndo. É tão bom sentir a areia nos pés.... macio. O som do mar continuava. Uma gaivota voou me assustando.

" Aah " gritei e me joguei no chão dramaticamente.

" o que foi senhorita?... Acorda! "  Minha mãe me chamava e eu me segurava para não rir.
" Eu acho que terei que ressuscitá- la..." ela começou a fazer cócegas.

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Abri os olhos, e eu estava lá, naquele quarto. Ele tinha uma varanda, e era extremamente claro, era bonito, mas sempre que sonho com minha mãe estou acostumada a acordar no meu quarto, na minha casa.

Fiquei um bom tempo encarando o teto. Quando ouvi alguém bater na porta. Estranhei, pois onde eu morava antes não existia a palavra privacidade, não existia o bater na porta e nem o esperar para poder abrir.

" Entre..." Falei quando percebi que a pessoa espera minha resposta.

Era uma senhora, acho que deve trabalhar aqui.

" Bom dia, espero não ter acordado a senhora. " Ela disse um pouco tímida.

" Não tudo bem, já estava acordada." Ela pareceu mais tranquila.

" O café da manhã já está posto e o senhor Gutiérrez a espera na mesa! "

" Ok então.... já desço! " Digo e ela pede licença e se retira.

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Confesso que não foi tão difícil me aventurar por aquela casa até a cozinha. Acho que estou pegado jeito.

Cheguei e havia uma grande mesa, ela estava bastante farta. Muitas frutas, geléias que pareciam naturais, sucos, uns pães com uma tonalidade clara e muitos outros alimentos.

Parecia um banquete. Pensei nas pessoas que visitamos, eles iriam adorar tudo isso, principalmente as crianças, elas se maravilham tão facilmente e fico tão animada quando consigo provocar nelas aquele brilho no olhar. Isso.... ah não tem preço.

" Dormiu bem mocinha? " Senhor Gutiérrez me desperta dos meus pensamentos.

" Ah.... sim...muito, a cama, o quarto é... muito confortável! " Digo meio tentada a dizer que prefiro o meu.

" Que bom então, perguntei porque me parecia meio perdida..." ele ri " Achei que estivesse dormindo acordada!" Ele sorrir. " Faz sentido? " Pergunta com um sorriso.

Estranhei ele puxar assunto comigo, sempre tive uma péssima impressão dele.

" Ah.... não senhor eu... só estava pensando..." Ele segue me olhando esperando que eu continue "...nas pessoas que ajudamos na instituição... iria adorar um dia proporcionar à eles um café da manhã assim, ou até mesmo todas as refeições! " Sorri imaginando a cena.

" Seria muito bom mesmo. Mas além dos livros e das atividades oferecidas, não estar incluído as refeições para eles?" Ele pergunta interessado.

" Não... na verdade eu e os voluntários que tiramos do próprio bolso para poder distribuir alimentos, nós conseguimos distribuir sopas a noite, mas se eu pudesse faria mais."

" Na doação desse mês separarei dinheiro para alimentos também, para que possam ser providenciado todas as refeições " Ele diz.

Fiquei o encarando sem entender

" Sim... eu sou doador, na verdade entrei nessa causa quando vi uma reportagem sobre você e sua rede social no jornal, e pude ver como realmente poderia fazer a diferença. Mas quem está ligado a instituição sou eu, não a empresa. Por isso nunca quis que fosse divulgado, faço anonimamente. "

Do nada, contratada [Shawn Mendes]Onde histórias criam vida. Descubra agora