3 - Negociação

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Nem pude começar a falar, pois logo uma mão segura em um braço meu, e depois no outro.

Ele pediu seguranças? Trato logo de tentar formular alguma coisa.

" Senhor... eu só quero conversar..." Digo enquanto precionam meus braços. " Minha família está sendo expulsa... eu quero reaver essa situação..."

Os dois homens me arrastam para fora e o velho, sem nenhuma reação assite aquilo.

" Sério isso seu mijão? Eu e minha família agora estamos na rua, e você nem se quer se importa... "

Me levaram para fora e eu aos berros, não gosto disso, mas quando fico desapontada e com raiva de algo injusto, sempre faço escândalos.

Todos me olhavam, já tinha gente gravando.

Quando ajo sem pensar assim, esqueço que qualquer coisa ligada à mim, pode ser ligada à instituição, até porque sou meio que o rosto dela.

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Quando paramos em frente de casa, fico encarando minha familia ainda lá fora.

" Não deveria ter feito aquilo, acho que com uma conversa civilizada poderiamos...." Gusttavo começou

" Você acha que dá pra ser civilizada com quem não foi nem um pingo comigo? " Pergunto o interrompendo.

Ele não respondeu.

" E a propósito onde você ficou enquanto me arrastavam da sala?"

" Quando você entrou fiquei tentando evitar que a Sheila não chamasse a segurança. "

" Quem é Sheila? " Pergunto.

" A secretária do senhor Gutiérrez!"

A então não foi o velho. Desço do carro e logo na minha frente passa um grande carro preto, que para em frente a casa, vou correndo até lá.

" Tá lá ella, ó puede prendê-la! " Disse Perla meio mexicano me assustando, logo ela que sempre foi doce comigo.

" Senhorita Kimberli Souza? " Pergunta um homem de óculos escuros mesmo estando noite.

" Sim". Respondo receiosa, ser presa é o que me falta.

" Pode me a companhar até o carro? " Pergunta apontando para o grande veículo.

" Não sou obrigada.... Ou sou? " Fico esperando uma resposta com o coração acelerando.

" Com certeza não senhorita! " Resonde uma voz grossa de dentro do carro.

A porta se abre e um dos caras de óculos ficou meio perdido, parecendo arrependido de não ser ele quem o fez, como se o velho não conseguisse.

" O que o senhor faz aqui? " Pergunto diante do senhor Gutiérrez.

" Creio que sim... devemos ter aquela conversa! " Responde se aproximando.

Minha madrasta o convidou para sentar no sofá que já estava lá mesmo, ele fez um sinal para um dos caras colocá-lo para dentro.

Lá dentro, ele estava sentado e todos nós em pé. Quem entrou foi eu, meu pai, minha madrasta, dois seguranças ( acho que ele pode ter medo de mim), e um homem careca engravatado.

" Devo confesar que quando invadiu minha sala, fiquei um pouco pensativo até me lembrar de onde te vi..." O velho começa.

" Como assim? " Pergunto estranhando a conversa do velho.

" Você não é a moça que faz boas ações e compartilha tudo? " Faço que sim com a cabeça. " Admiro seu trabalho, suas ações... e vi que a mídia está sempre do seu lado! "

Do nada, contratada [Shawn Mendes]Onde histórias criam vida. Descubra agora