4 - Reino do café.

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Estava agora sentada nessa cadeira, dessa sala fria, sozinha, mas um advogado que disse me representar me explicava tudo.

Esse homem estava mesmo certo que eu viria. Depois de toda burocracia foi explicado o que eu ganhava, que deveria ser confidencial, seria por um ano, um casamento para a mídia, um tipo de casamento falso e nada de expor isso depois.

" Entendeu todas as cláusulas? " O advogado me pergunta.

" Tá bom ok, mas cadê o...? " Começo.

Ele pareceu confuso franzindo a testa.

" O marido. " Completei. Ele pareceu cair em si.

" Ele também assinará juntamente com você, mas não aqui, está em uma viagem. Mas a todo tempo estamos nos comunicando com ele também."

" E eu poderei impôr algo também? " Pergunto tentando que minha voz aparente mais segura o possível.

Ele reflete por um momento e pega o telefone, com certeza consultando o chefe.

" Ok então Senhor! " Diz no celular, e se vira para mim." Sim, estamos aberto às  suas condições! "

" Primeiro, quero que a casa fique no meu nome no final no contrato, quero total liberdade de usar minhas redes sociais... e quero que o senhor Gutiérrez não toque um dedo em mim... e... e quero uma punição se caso isso aconteça! "

Ele se levanta pegando o celular por um bom tempo, sussurra em resposta, manda mensagens e depois retorna para seu acento.

" Bem, senhorita Souza, se o meu cliente não puder tocar em você, ninguém acreditará que estão casados. Portanto, o meu patrão propõe que em público seu marido possa pegar na sua mão, beijá-la só quando necessário e com o seu consentimento. "

Com um suspiro concordo.

Ele recebe outra ligação, desta vez parecia um tanto perdido e balançava a cabeça a todo momento.

" Senhor Humberto Gutiérrez aceita suas condições, porém impõe que você também não possa fazer o mesmo à ele, caso contrário o contrato será desfeito, e perderá suas coisas, ou seja sofrerá as punições! "

" O que? " Fico surpresa e seguro o riso. " Ok então, sem probelmas." Concluo.

O contrato foi digitado e entregue à mim, fiquei sabendo que o mesmo estava sendo feito com o Gutiérrez.

Assinei depois de ler e o entreguei ao advogado.

" Contudo agora, depois de assinado, as obrigações do contrato entre a senhorita Kimberli Souza e entre o Senhor Humberto Gutiérrez são  válidas daqui a uma semana. Posso dizer que estão casados com o prazo de um ano legalmente. "

Depois daquela reunião, que foi uma espécie de casamento onde o velho resolveu nem dar o ar da graça, fui pra casa contar o ocorrido.

Meu pai e Perla, encararam aquilo como algo óbvio, que era minha obrigação fazer.

Bom, pelo menos ainda temos nossa casa e meu pai não irá para a cadeia. Ainda pude me certificar que o senhor Gutiérrez não tivesse a audácia de querer tocar em mim, se não além de ser preso —  que o mesmo saíria
com uma fiança — o contrato seria anulado.

Certo, com certeza eu não irei querer nada com aquele homem, então espero que ele cumpra com o seu dever.

Naquele dia, o advogado pediu meus documentos e logo fizeram isso oficial no cartório, nada suspeito né? Tipo, aquele senhor no alto da idade não iria querer ainda se casar na igreja.

.

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Se passa uma semana e é marcado uma viagem para a casa de campo dele, ou seja minha nova casa. Lá iríamos oficializar o que era nada mais do que aquele termo uma mão lava outra, eu ganhando minha parte, e ele usando a minha imagem para alguma coisa.

Gusttavo havia me chamado para sair, foi um tanto surpreendente, mas era bom me distrair um pouco antes de entrar em toda aquela confusão.

" Você ainda vai seguir assim? Posso ter motivos para temer ser morta por você num bosque sombrio. " Ele fez questão de não dizer onde íamos, e odeio surpresas.

Ele riu " Calma estamos chegando! "

" Disse isso há 10 minutos! " Retruquei e ele riu de novo.

Apesar de Gusttavo ser quase um estranho, não me importei de está ali no carro dele, indo pra sei lá onde.

" Pronto! " Ele diz e me deparo com uma espécie de feira. Havia muitas pessoas e um desenho de um café enorne, bebendo outro café.

" Reino do café? " Leio a grande placa e quando me viro vejo que ele usa um boné com essa frase. " Meu Deus, Cadê o bosque?" Ele Sorri.

" Sempre que encontrava você, estava com um café, achei que fosse amante..." Não me aguento e começo a rir.

" Eu gosto muito, mas nunca fui amante, à esse ponto! " Aponto para o seu chapéu, ele parece se envergonhar.

" Nem eu, fiz isso pra te agradar se quiser vamos embora..." Ele parece ficar meio pra baixo.

" Não tudo bem, vamos provar esses cafés dignos de amantes! " Gustavo toma um ar animado em seu rosto.

Saimos do carro, bebemos muitos cafés, amargos, doces, sorvete de café... será que pode consumir tanto assim?

" Acho que estou elétrica demais... É possível se embebedar com café? " Ele gargalha.

Tiramos várias fotos, rimos muito foi muito divertido.

Depois passeamos um pouco de carro e paramos em um parque, tinha um banco branco.

" Banco branco, banco branco... ok. Não tô nada normal. " Eu dizia ajeitando meu cabelo.

Gusttavo ficou me olhando fixamente, começou a me incomodar.

" O que?... tá me olhando aí! " Exclamei sorrindo, e ele pareceu acordar.

" Você vai ficar bem? tipo, não vai se arrepender, ou sei lá, sofrer? " Ele começou apreensivo. " Me sinto um pouco culpado..."

" O que? Não nada haver, você não fez nada! "

" Fiz sim, te incentivei a ir lá e só trouxe esse caos todo pra sua vida..."

" Para Gusttavo, não é culpa sua, foi até bom... Não sei..." Abro um sorriso que parece pesar no rosto. " Pelo menos encontrei uma saída para os meus problemas."

" Posso tentar falar com o meu tio! " Gustavo pareceu se animar

" E quem é ele? " Perguntei curiosa e ele abaixou o olhar meio triste

" Só é um trabalhador daquela empresa, mas... até que ele e o meu pai eram bem chegados ao senhor Gutiérrez! "

" De um jeito ou de outro já tá tudo feito, e tenho que cumprir com a minha
parte! "

.

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Ele me levou pra casa e ficamos um pouco olhando para o nada naquele carro.

" Bom... eu vou indo! " Digo tirando o cinto. " Obrigada pela grande porção de café! " Lanço um sorriso pra ele que forçou um fraco.

Gusttavo estava estranho.

" Tchau...." Quando fui abrir a porta do carro ele me chama.

" Kimberli.... "

" Oi " O olho e ele se mateve lá me olhando de volta. Pareceu querer dizer algo.

"Gusttavo? "

" Ah.... É.... durma bem! " Disse gaguejando.

" Acho bem difícil, depois de tanto café!" Digo rindo e ele também rir.

Entro em casa.

Olho o relojo e vejo que já era 01: 21 AM, e botei para despertar 8:00 AM, pois viriam me buscar 9:00 AM.

Me deito e fecho os olhos.

Ok.... que a loucura comece!!!

Do nada, contratada [Shawn Mendes]Onde histórias criam vida. Descubra agora