Capítulo 07

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Ayra Johansson

Reggie entrou no vestiário e eu empurrei o Vinnie.

— Eita porra. — O moreno soltou na porta e eu tive vontade de enfiar a minha cara dentro de um dos armários ali presentes. Vinnie mordia o lábio inferior, segurando o riso enquanto me encarava. — Gente, desculpa atrapalhar mas a próxima luta... — Ele pareceu meio desconfortável em ficar no mesmo ambiente que nós dois, então apenas deixou a frase no ar e olhou para Vinnie que apenas assentiu, como se tivesse entendido o que o irmão queria dizer e então Reggie saiu. Nos deixando a sós de novo.

— Puta merda. Ele vai dizer a sua mãe. — Falei, passando a mão no cabelo e pouco importando se estava bagunçado os cachos.

— E você se incomoda com isso? — Ele perguntou, se aproximando de novo e me olhando daquele jeito novamente.

— Sim... quer dizer, não. Mas eles me consideram da família sabe...

— É, digamos que eu não era o único a esperar por esse momento. — Suas mãos repousaram no final das minhas costas e ele alisou até a barra do moletom e a subiu, tocando minha pele. Quase fechei os olhos por um momento, sentindo seu toque e me deixando levar, me arrepiando. Mas então, me lembrei da situação e coloquei as mãos sobre o seu peito nu e o afastei, buscando em mim o pouco de sanidade que faltava por vê-lo sem camisa e evitando de agarra-lo novamente.

— Como sua irmã. Eu achei que eles me viam como uma irmã pra você. — Falei e o loiro a minha frente estalou a língua e se afastou. A ausência do seu toque me fez quere-lo de volta.

— Somente você via assim, aposto que a Maria está comemorando nesse exato momento pelo Reggie ter pegado nos dois juntos. — Ele buscou uma camisa e a vestiu, logo em seguida começou a retirar os shorts da luta e eu arregalei os olhos, me virando de costas. Logo, escutei o som rouco da sua risada.

— Está com vergonha, Ay? — A pergunta me pegou de surpresa e eu apenas me mantive observando a porta enquanto ele se vestia. Mas em vez disso, senti seu braço ao redor da minha cintura, me apertando contra o seu corpo. Eu não tive tempo de me desfazer do seu toque quando sua boca alcançou a curva do meu pescoço, devagar, saboreando a minha dor por não ter o mínimo controle quando ele estava tão perto assim. Beijos leves, mordiscando e chupando até eu respirar alto e soltar um leve arfar com a boca entre aberta.

Eu o senti sorrir contra a minha bochecha, sua respiração quente tocando a minha nuca. Suas mãos foram brutas quando seguraram em minha cintura, uma em cada lado e pressionou a minha bunda contra a sua ereção.

Puta merda.

Eu tentei me virar, para olhar no seu rosto enquanto o sentia, mas ele me segurou com força, me mantendo de costas pra ele e sentindo seu membro duro roçando na minha bunda. Ele respirou fundo quando eu me mexi sobre ele, me esfregando mais.

— Sua família tá atrás daquela porta. — Avisei, mas eu não estava ligando nem um pouco. Ele podia fazer o que quisesse comigo ali, e eu não ia ligar.

— Eu tô pouco me fodendo. — As palavras saíram baixas e ele soltou uma das mãos da minha cintura somente pra segurar no meu pescoço e levantar a minha cabeça, dando ainda mais acesso ao meu ponto sensível. Arrepios constantes subiam sobre a minha espinha. Ele começou a andar e eu me recompus e andei com ele antes que tropeçasse nos meus pés. Ele me colocou sobre a parede, seus dedos entrando sobre a raíz do meu cabelo, tendo total controle sobre o meu corpo.

A porta estava a poucos metros de distância, se eu ou ele fizesse muito barulho, qualquer pessoa do outro lado poderia escutar. Se bem que a essa altura, eu não duvido que eles estejam imaginando o que está acontecendo aqui.

A Luta | Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora