• Capítulo 4| Uma ponte entre o abismo

8 1 0
                                    

Will.

O dia que eu conheci Richard poderia facilmente considerar o dia mais marcante da minha vida por quase ter sido o final dela

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O dia que eu conheci Richard poderia facilmente considerar o dia mais marcante da minha vida por quase ter sido o final dela.

Eu tinha doze anos na identidade mas se relevar tudo o que vivi eu não poderia mais ser considerado uma criança, principalmente com os pensamentos que eu tinha.

As pessoas que me reproduziram eram viciados e viviam devendo dinheiro para traficantes ou para agiotas, não era nada agradável passar minha infância abrindo a porta para esse tipo de gente e tendo que fazer o máximo em vão para não escutar a conversa deles.

Nunca chamei ela de mãe e muito menos chamei ele de pai, nunca tivemos qualquer afeto entre nós, eu era um estranho dentro daquela casa e me sentia respaldado dentro da escola da minha infância.

Com doze anos eu não pensava em carrinhos, videogame ou jogar bola, com doze anos uma novidade passou a me assombrar quando eu escutei veemente a conversa deles com um traficante. Ele havia ido cobrar uma dívida que não tinha mais para onde adiar se não fosse para ser cobrada com a vida deles até a brilhante ideia de me venderem para esse traficante e assim quitarem todas as dividas.

Eu me lembro perfeitamente desse dia porque foi nele que a única coisa presente na cabeça de uma criança era suicídio, e isso estava acumulado. Muito acumulado.

Eu me lembro de sair no meio da conversa deles sobre o que iriam decidir mas sabia que eles fariam de tudo para me aceitarem como pagamento, disso eu tinha certeza, e como método de vingança eu me tranquei no meu quarto depois de pegar a arma que estava escondida debaixo do piso do banheiro.

Eu me lembro de fechar os olhos e da sensação do cano gelado debaixo do meu queixo apontado para cima. Me lembro de sentir medo mas me convencer de que aquela decisão era a certa. Me lembro de indagar para mim mesmo como seria depois do que eu fizesse, se realmente havia a possibilidade da existência de céu e inferno e calculando a probabilidade do meu destino.

E me lembro de Richard retirando a arma da minha mão.

Eu não conhecia ele, nunca havia o visto e pensei o pior dele, afinal, era um desconhecido, mas Richard tinha algo que fazia as pessoas terem esperança, não sei se era a presença dele ou o dom dele mas ao olhar para ele eu enxerguei que aquela poderia ser minha segunda chance e eu iria agarrar com todas as forças que haviam me restado.

Quando ele me apresentou Adeena e a magia, eu fiquei boquiaberto, nem sequer me lembrava que aquelas duas pessoas poderiam estar preocupados em saber onde eu estava para quitar suas dívidas, apenas me preocupava em aproveitar cada parte daquele lugar e me dedicar ao máximo para aprender, afinal, eu sempre gostei de aprender sobre tudo.

Do lado do inimigo Onde histórias criam vida. Descubra agora