Parte 2 do livro "Merida Lerson". É necessário a leitura do primeiro livro (que já está concluído) para conseguir entender esse aqui.
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Após seis meses em paz, finalmente os estudantes de Adeena estarão livres d...
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Havia um tempo que eu estava treinando de um jeito diferente os dragões, ninguém sabia sobre isso, nem mesmo Eliel ou Merida, mas era algo que eu gostaria de fazer para surpreender já que era uma coisa nova e diferente do costume.
Hoje eu havia finalizado esse treinamento, os dragões estavam prontos e a primeira pessoa que eu gostaria que visse meu desempenho fosse Merida.
Estava nervoso depois de ter mandado mensagem para ela me encontrar aqui assim que pudesse, tinha uma alta probabilidade de ela ser a pessoa que eu mais gostaria de surpreender então nada mais justo que ela ser a primeira a ver.
Mas foi estranho quando vi Callie no estábulo poucos minutos depois de enviar a mensagem.
- Sabia que você estava aqui.- Anuncia ela com os braços cruzados se aproximando. Não era a primeira vez que ela tentava ter mais que uma simples amizade comigo desde quando chegou aqui e muito menos a primeira vez que eu deduzi ela ser alguém insistente mesmo sabendo dos boatos da escola sobre Merida e eu. Sei dos boatos graças ao fofoqueiro do Eliel.
- O que está fazendo aqui?- Indago derramando ração dentro do recipiente de aço iluminado para os dragões.
- Não acha solitário ficar tanto tempo aqui sozinho?- Suas mãos agora estavam juntas atrás do corpo.
- Não quando se é o Senhor dos Dragões.- Ela entreabre a boca rindo. Deixei o balde vazio de lado no chão e fiquei de frente para ela a pelos menos uns cinco passos de distância com os braços cruzados sob o peito.- Precisa de alguma coisa?
- Sabem o que dizem de você? Que você é o tipo de cara com passado sombrio e de poucas palavras, tipo um bad boy.- Ergui as sobrancelhas.- Confirma os boatos?
- Deixo sua imaginação pensar como preferir.- Ela levanta uma das sobrancelhas.
- Eu acho que todo boato tem um lado verídico.- Ela sorri de lado inclinando a cabeça. Eu quis rir observando ela não saber quando parar mas também quis manda-la embora mesmo não sabendo como fazer isso sem parecer rude, afinal, eu ainda era professor dela.
Não gostaria que Merida aparecesse aqui e nos visse sozinhos, eu no lugar dela não pensaria inocentemente uma vez que ela ja provou isso quando viu Callie me parando no meio do refeitório.
Naquele dia, depois que ela saiu da mesa tentando ser discreta, eu percebi que ela ficou diferente e foi confirmado duas vezes, a primeira quando Eliel apontou o motivo dela ter ficado como ficou depois que ela saiu da mesa e o segundo quando eu corri atrás dela até o banheiro e ela estava agindo indiferente.
