Will.
- Você não percebe que eu fui destinado a ser o seu guru?!- Depois que saímos da estufa para aguardarmos a confirmação de Aurora, Eliel disparou atrás de mim tentando me convencer a fazer alguma coisa em relação a Merida. Ele está me seguindo da estufa até o meu quarto e durante todo o caminho que se tornou longo graças a ele, ele não parou de falar.
- Ela não quer mais nada, quando você vai entender?- Franzi o cenho.- Cacete, nem é para você entender nada.- Tentei fechar a porta mas ele impediu e pulou para dentro do meu quarto se jogando na cadeira.
- Você viveu e vive pra proteger aquela garota, você gosta dela desde os seus doze anos de idade e agora só porque ela disse o que quer que seja você vai desistir dela?- Seus braços estão cruzados.
- Por que você não vai encher a paciência de outro? Eu sou professor, tenho muito para fazer.
- Não vou, sabe por que? Porque se depender de você e desse seu orgulho de merda você realmente vai deixá-la em paz e vai se acostumar com essa situação até o dia que se arrepender e não ter a chance de voltar atrás.- Ele está cutucando o meu peito com o indicador.
- Você não sabe.
- É, cara, eu sei sim, eu sou o seu melhor amigo e eu te conheço e você não vai desistir daquela garota que me dá medo quando está com raiva!- Eu ri nasalado.- No dia que eu deixar você desistir da Merida, eu não sou o seu melhor amigo.
- E o que você quer que eu faça?- Agora eu quem cruzei os braços.
- Conquista ela outra vez.
- Não sei se você percebeu mas estamos no início de outra possível guerra.
- E foi diferente da última guerra que teve?- Ele levantou as sobrancelhas. Entreabri a boca e respirei fundo sem tem o que responder.- Alguma oportunidade para dar o primeiro passo vai surgir e rápido, eu tô sentindo aqui dentro, cara.
- Sai do meu quarto seu mala.
- Eu só vou porque eu preciso estudar pra prova do Luan. Pense em alguma coisa para reconquistar a sua garota, frita o teu cérebro, São Jorge!- Levantei o dedo do meio enquanto ele andava em direção a porta do quarto para sair do cômodo.
Esfreguei as têmporas sentado de frente para o laptop, os cotovelos colados na madeira da escrivaninha. Eu deveria planejar a terceira prova da semana mas nada me vinha em mente, eu estava com um bloqueio absurdo porque só conseguia pensar no que poderia acontecer caso eu e Merida ficarmos como estamos para sempre sem nos ter dado o benefício da dúvida de uma segunda chance.
Cacete, eu estava completamente a mercê do tempo dela e da decisão dela.
"Coincidentemente" o único pensamento que eu não tinha bloqueio para não pensar era na nossa noite em Florença, na noite do meu aniversário e nos estábulos.
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Do lado do inimigo
FantasíaParte 2 do livro "Merida Lerson". É necessário a leitura do primeiro livro (que já está concluído) para conseguir entender esse aqui. _______________________________________ Após seis meses em paz, finalmente os estudantes de Adeena estarão livres d...