Bet - Drarry

Capítulo 1

Harry pov.

Eu simplesmente não aguentava mais.

Estou exausto. De tudo.

Os treinos de Quadribol estavam consumindo as minhas energias mais que o necessário, principalmente por eu ser o capitão do time da Grifinória.

Os Niem's cada vez mais próximos, acumulando o meu estresse com Hermione me lembrando deles a cada frase que se dirigia a mim.

Minhas noites mal dormidas pelos pesadelos...

Tudo isso estava me deixando louco.

Realmente pensei que quando a guerra acabasse, eu iria obter algum tipo de descanso. E bem...claro que se for comparar, minhas preocupações hoje são bem menores que as anteriores. Mas ainda sim eu me sentia cansado.

E com tanto estresse e sono, ouvir o tilintar suave das penas entrando nos vidros de tinta e o ruído após serem escritos no pergaminho enquanto eu tinha o queixo apoiado em minha mão na mesa, não estavam me ajudando em nada na entediante aula de História da Magia.

Olhei para meu lado esquerdo e vi Rony, com a cabeça deitada confortavelmente em seu próprio braço o fazendo de travesseiro, enquanto do meu lado direito tinha Hermione, que parecia estar muito focada em tudo que o professor dizia e anotava cada palavra que saia de sua boca.

Eu não lembro de quando exatamente me distrai e comecei a desenhar estratégias que bolaria para os futuros treinos de Quadribol. O próximo jogo seria contra a Sonserina, um dos times mais fortes contra a Grifinoria e que pareciam estar quase invencíveis esse ano. Quase.

Bocejando, eu desenhei os aros, o campo, o nome dos meus jogadores, cada um em suas posições, senti meus olhos piscando com lentidão....Tracei setas interligando seus nomes, às vezes adicionando uma informação ou outra no canto do pergaminho, meus olhos se fechando...

— A Rebelião dos Duendes, no século XVII.

Endireitei a postura na cadeira de forma tão rápida com o susto que senti meu cérebro girar.

A primeira coisa que veio em minha cabeça quando ouvi aquela voz rouca conhecida e arrastada responder a alguma pergunta dita.

Draco.

Pensar nele de alguma forma, me despertou da minha sonolência.

Me despertou porque...eu ainda ficava curioso em saber qual era o meu tipo de relação atual com Malfoy.

Nós dois acabamos nos encontrando duas vezes depois da guerra.

A primeira quando fui testemunhar a favor da família Malfoy no tribunal bruxo. Todos os Comensais da Morte estavam sendo julgados e sentenciados a serem presos em Azkaban na época, por terem lutado ao lado de Voldemort durante a guerra. Lógico que com a família Malfoy não foi diferente.

Mas eu não achava que fosse justo e nem certo que, pelo menos Draco e Narcisa, fossem totalmente penalizados por isso.

Porque...eu me lembrava de ter visto Draco no sexto ano. Me lembro de ter visto o medo claramente evidente em seus olhos cinzas, o quanto ele parecia exausto, magro, com olheiras profundas. Aquele rosto que sempre era bonito e brilhantemente arrogante, parecia sem vida alguma.

Me lembro de Murta falando dele quando eu o procurava por achar que ele estava tramando algo (e eu estava certo).

Sua mão fraquejando com a varinha erguida para Dumbledore quando ele lhe ofereceu ajuda no dia da Torre de Astronomia...Eu conseguia ver o quanto Draco estava desesperado aquele ano, me fazendo passar a entender com mais clareza de que ele não queria verdadeiramente aquilo.