As manchas roxas em meu rosto já estavam quase sumindo. O corte na testa ainda estava cicatrizando...meu corpo já não doía mais.
Os remédios para dores que a enfermeira meu deu realmente são ótimos.
Depois que eu tomei um longo banho da manhã...vesti meu uniforme, peguei minhas armas e meu crachá...
Hoje, preciso pedir algo para o rei. Sei que meu cachê de pedidos já esgotou mas...eu preciso fazer isso com minhas próprias mãos.Ainda não vi Blake nessa manhã fresca e ensolarada...
Saio do meu dormitório e caminho diretamente até o escritório do rei.
Bato na porta uma vez...duas...- Entre. -ouço o rei dizer. Entro e e fecho a porta.
- Vossa magestade. -digo fazendo uma reverência.
- Alya Taylor...-ele pronunciou meu nome lentamente. - O que pode fazer por mim hoje? -ele perguntou se apoiando na mesa de madeira bruta. Não posso ficar nervosa...
- Eu vim pedir autorização para uma execução. -digo séria, com a voz calma e com a coluna ereta. Vejo ele franzir a testa...
- E quem você executaria? -ele perguntou relaxado.
- Phill. O fugitivo que eu trouxe. Eu quero executar ele, eu mesma. -digo olhando atentamente para o rei.
- E porque? -ele semi-cerrou os olhos desconfiado.
- Porque quem vai executá-lo? Eu gostaria de fazer isso... não é a primeira vez que eu mataria alguém. É só uma execução...-tento dizer sem ficar nervosa. O rei consegue deixar qualquer um sob pressão ou extremamente nervoso.
- Isso vai te beneficiar em algo?
- Não...eu...
- Então porque quer fazer a execução?
- Porque...Porque...eu não quero mais ter medo, eu não quero ter medo. Enquanto ele está vivo, eu sinto medo. E eu quero matar ele porque quando ele estiver morto eu não sentirei mais medo. E eu não quero mais ter medo. Eu quero fazer isso. -digo com a voz fraca. Preciso me manter firme...
- Linda palavras Taylor. Poderá virar poeta se não der certo aqui no palácio. -disse ele cínico. - Você sempre sentirá medo menina, esse medo que está dentro de você só vai sumir por algum tempo mas logo irá voltar. Você sempre irá sentir medo. É inevitável. Mas...deixarei você executar ele. Hoje, ao meio dia, nos calabouços no subterrâneo.
- Obrigada vossa magestade. -digo baixo. Faço uma reverência e me viro para sair.
- Alya. -disse o rei. - Eu sei que você conhece ele. Eu sei que ele é um familiar seu. -disse o rei com a voz rouca. Me virei para ele...
- Ele não é mais o meu...
- Não importa. -disse ele calmo. - Ele sempre será uma parte da sua família. O sangue que corre nas veias dele correm pelas suas também...
Ele não é minha família. Nunca foi. O rei só está dizendo besteiras...
- Ao meio dia não terá mais sangue correndo pelas veias. -digo e faço menção de sair. Paro no caminho e me viro para o rei. - Uma família só é sua família quando você decide que é...uma família acolhe e ama. Uma família te ama do jeito que você é. Uma família não te julga e nem aponta o dedo para você...o que eles foram para mim foi muito diferente de uma família...-digo e saio da sala dele.
— ⚔️ —
Faltava trinta minutos. Trinta minutos para a execução. Eu estava passando no hall de entrada quando me deparei com Blake e uma senhora de idade. Ela devia ter uns quarenta e cinco anos e estava com uma prancheta na mão...porque ela tem uma cara de sapo?
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ENEMIES TO LOVERS
FanfictionA regra é simples, ao fazer 16 anos todos os adolescentes de Wingard precisam se "alistar" para o exército do rei Bryan. Alya acabou de fazer dezesseis e já tem um histórico triste sobre seu passado, nada que goste de se lembrar; seus pais foram mo...