The Avengers Mafia

Prólogo

Olá, tenham uma boa leitura!

Não esqueçam de favoritar e comentar, vocês não tem noção do quanto me deixa feliz :)

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Passar a sua infância inteira sabendo que seu pai não fazia coisas boas, era, definitivamente, uma merda. Ainda pior, era ter que lidar com os erros que ele cometia. Tony, quando novo, nunca entendeu por que não poderia sair para brincar como as outras crianças, nunca soube o porquê de não poder ir ao parque ou a um brinquedo que não estivesse em seu gramado naquela grande casa. Sempre perguntou a Jarvis, seu mordomo e cuidador, o que o fazia diferente. Sua única resposta era: "seu pai é um homem influente e poderoso, jovem, você poderá correr perigo caso vá lá fora. Não queremos isso, certo?" E sim, ele não queria correr perigo. Então deixava para lá e pedia para o senhor brincar com ele. 

Quando sua adolescência chegou, ele exigiu que seu pai o deixasse ir para alguma escola. "Você deve ter poder para comprar uma, até mesmo colocar 300 seguranças em minha cola! Faça algo útil para a minha vida ao menos uma vez." Foram as exatas palavras que utilizou. Bem, demorou cerca de 3 meses, mas ele estava frequentando uma escola depois disso. Com 20 seguranças rodeando a área. Mas já era um avanço.

Ele fez poucas amizades, no entanto. A escola era de elite, somente os mais ricos estudavam ali, o que ajudava a ter ainda mais segurança. Entretanto, ainda assim, ele era nerd demais até para eles. Quieto demais e fácil demais. Seu pai nunca o ensinou a se defender. Claro, por que se ocupar com um garoto quando se tem um país inteiro para burlar?

Mas então, tão rápido quanto chegou, a escola se foi. Ele se formou, e estava indo para uma faculdade. Seu pai nem mesmo se opôs, murmurando algo sobre ele dar menos dor de cabeça fora de casa. Apesar do insulto, era um alívio, porque sua dor de cabeça também não existia quando ele estava fora de casa. Afinal, os dois lados saiam ganhando.

MIT era o seu destino, e ele foi colega de quarto de Rhodes. Os dois tiveram ótimos momentos, realmente. Rhodes era o equilíbrio que faltava em Tony, a responsabilidade para a sua imprudência. Era tudo o que Tony precisava, e Tony era tudo o que Rhodes precisava. A amizade deles era intensa, e com certeza, um morreria pelo outro.

Mas seu pai tinha que estragar tudo. Ele exigiu que o garoto voltasse para casa aos finais de semana, argumentando que ele teria que saber como lidar com o negócio da família. Que ele já estava extremamente atrasado em tudo. Mas, veja bem, quem é que queria se livrar do filho mesmo?

A contragosto, Tony começou a passar todos os finais de semana em casa novamente, com Jarvis e Howard no seu pé, querendo saber tudo o que ele estaria fazendo. Eram dias torturantes, na verdade. Sua mãe, como sempre, só lhe dava um beijo de bom dia e sumia até tarde da noite. De qualquer maneira, ela sempre foi uma incógnita para o Stark mais novo.

No dia de sua formatura, ele realmente não poderia estar mais feliz. Rhodes estava lá ao seu lado, e a família de seu amigo também, torcendo por Tony. É claro que Howard e Maria não estavam, era arriscado demais. Mas, ao menos, Jarvis estava presente. O homem exibia uma face orgulhosa, e aquilo aqueceu o coração de Tony. Em todos esses anos, era o homem quem sempre cuidava dele. Era ele quem o colocava na cama, lhe dava comida, lhe obrigava a fazer a lição de casa e até mesmo ajudava quando preciso. Jarvis sempre fora como um pai, sabendo exatamente quando brigar e quando recompensar, ao contrário de Howard, que só brigava.

E foi naquela noite, também, que os pesadelos de Tony começaram. Ele foi sequestrado. Jarvis foi morto bem na sua frente, a tiros. Ele foi torturado por dias, esgotado, e tudo o que estava em sua mente era a face sem vida do homem que sempre esteve ao seu lado, seu corpo ensanguentado deitado em seus braços, enquanto Tony chorava, implorava, para que isso não fosse real. Mas era, e pelo o que o sequestrador dizia, seu progenitor não estava fazendo tanto esforço para lhe tirar daquele lugar asqueroso. 

Foi naquela semana, também, que ele jurou matar todos aqueles que lhe estavam fazendo mal. E principalmente quem matou Jarvis. Eles cometeram um grande erro, e deveriam pagar. Há uma frase que ele sempre gostou: Você deve pagar o preço por seus atos. E ele faria aqueles filhos da puta pagarem.

E, se Howard serviu para alguma coisa em sua vida, ele saberia como atirar. Ele saberia como administrar o peso de seu corpo, por mais bambo que esteja, e saberia como lutar e usar o seu cérebro. Ele saberia de tudo, e colocaria todas as lições em prática.

Só que o destino não tinha esse mesmo plano, em todos os detalhes. Seu pai veio ao seu resgate, uma mala cheia de dinheiro na mão esquerda, o que Tony claramente não esperava. Qual é, os sequestradores haviam dito que ele teria apenas mais um dia de vida, caso seu pai não pagasse o que lhes devia. Era claro que o homem não iria atrás dele. Mas ele foi, e quando o Stark mais novo estava protegido dentro de um carro, acabou morto por isso.

Tony não derrubou uma lágrima sequer. Pelo contrário, apenas mandou o motorista seguir em frente, deixando o corpo dele para trás. Os sequestradores que o jogassem em uma lata de lixo qualquer se quisessem. Ele sempre foi um lixo mesmo.

A partir daquele dia, tudo em sua vida mudou. Ele mandou sua mãe para o mais longe possível, a mantendo protegida com uma identidade falsa e a suposta morte de Maria Stark, assim como os seguranças de maior confiança, então, assumiu o controle da máfia, cortou qualquer relação que ela tinha com seu pai, começando pelo nome, e fez daquele o seu império. A sua vida. Em menos de dois anos, reergueu todas as finanças e pagou todas as dívidas que Howard devia, tirando o negócio do fundo do poço. O nome Stark era temido novamente. E ele tinha muito orgulho disso. Então, ele foi atrás de seus sequestradores. Ele os pegou um por um, prendeu em seu galpão e teve o prazer de torturá-los até vê-los implorar, assim como ele implorou. E quando se cansou, cravou uma bala no pequeno cérebro inútil deles, e ele nunca se sentiu tão bem.

Tony conseguiu homens de confiança, montou sua equipe a dedo, e designou a cada um tarefas e cargos, tendo seu melhor amigo ao seu lado, lhe ajudando em tudo. Os Vingadores causavam calafrios por onde andavam entre as máfias, mas não deixavam provas para a polícia incriminá-los. Eram excelentes no que faziam. Sua vida era perfeita, poderosa, e ele não poderia pedir mais nada. Ele não queria e não necessitava de mais nada.