One Shot (Natiese)

Recomeço 2

Olá, pessoas. Como é bom estar por aqui. 

Volto com a continuação com a minha parceira de escrita KatyMarrone80. Esperamos muito que gostem. 

Abraços e boa leitura!

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Priscilla

Não imaginei que uma coisa tão boa poderia surgir em um momento ruim, mas o fato é que eu estou vivendo isso. Posso dizer que vivo dias felizes, apesar dos muitos problemas que nos ronda aqui em casa, e o que me deixa para cima é o fato de poder cuidar da mulher por quem fui tão apaixonada e não correspondida.

Me sinto satisfeita em ser o colo para Natalie no último mês que passamos a ficar juntas, quando ela me deu uma chance para isso. Me sinto realizada ao tê-la do meu lado, hoje costumo ir ao trabalho mais contente e consigo sustentar um sorriso de verdade, mesmo quando quero esganar alguém da minha empresa.

Meus amigos dizem que eu mudei, que estou mais sorridente, ao mesmo tempo que sempre ando com o pensamento longe, e isso é verdade, costumo me pegar várias vezes zanzando em pensamento sobre minha morena, quando chego em casa já quero estar junta a ela, num abraço de urso cheio de amor sem hora para soltar.

Claro, os problemas dela não se resolveram tão rápido assim, a rotina dela se resume em reuniões com advogado, busca na justiça para resolver seu caso e nada passa disso, nada. Desde que conheci aquele cara sabia que não era uma boa pessoa, mas todo mundo achava que era apenas ciúmes meus já que não escondia o que sentia por Natalie. No final eu estava certa.

Natalie diz que eu tenho sido o raio de sol para ela e isso me apaixona ainda mais, me deixa com vontade de ser cada vez melhor e estar ao seu lado. Só quero ser isso, uma pessoa boa que apareceu para acrescentar em sua vida.

Roubei uma uva da bandeja de café da manhã que preparei para Natalie e eu — quando minha irmã saber que não inclui ela nesse café vou ser massacrada —, sorri boba sentindo o cheiro maravilhoso e entrei no quarto da morena. Fiz um biquinho com os lábios quando já a vi saindo do banho, achei que ela estaria dormindo ainda. Com a expressão manhosa que eu fazia e a bandeja enorme com comida, Natalie sorriu e veio até mim me dando um selinho.

— Ahhh, vontade de te morder — ela disse apertando minhas bochechas. Dei de ombro e sorri de canto. Ela se senta na cama e fiz o mesmo apoiando nosso café da manhã sobre o lençol bagunçado.

— Achei que dessa vez conseguiria fazer uma surpresa, pequena, mas como sempre eu sou surpreendida.

— Bobinha, foi uma surpresa de qualquer forma e eu amei, sabe... — fala toda manhosa se aproximando, senta no meu colo e envolve meu pescoço com os abraços me beijando em seguida. Ah, essa mulher acaba comigo.

Acaricio sua cintura e beijo sua testa quando finalizamos o beijo. Nos posicionamos melhor na cama e começamos a tomar nosso café da manhã, me surpreendo quando ao levar um pedaço de queijo à boca noto Natalie me observar, deixo o queijo de lado e pergunto:

— Que foi?...

— Às vezes, fico me perguntando se tenho sorte ou azar na vida.

— Me explica melhor. — de certa forma entendi o que ela quis dizer, mas queria ouvir da sua boca.

— Azar pelas coisas que me aconteceram, sorte por ter você na minha vida, e a Carol também.

— Pode ser as duas coisas — rimos. — Você acha que é muita sorte me ter é? — me aproximo e toda manhosa comecei a distribuir vários beijos em seu pescoço, ela fica tentando se esquivar, rindo, amo esse jeitinho menina dela.